sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Chega de angústia

Eu poderia desejar-lhe um tradicional “Feliz Natal”, mas isso garantiria não mais do que dois dias de felicidade. Já votos protocolares de “Boas Festas” se estenderiam por apenas uma semana. Por isso, quero desejar a você algo capaz de perdurar por todo um ano: chega de angústia!

Ansiedade e angústia tornaram-se companheiros indesejados. A ansiedade representa um estado de impaciência, de inquietação, um desejo recôndito de antecipar uma decisão, de abreviar uma resposta, de aplacar expectativas.

A angústia é uma sensação de desconforto, um mal-estar físico que oprime a garganta, comprime o diafragma, acelera o pulso, e um mal-estar psíquico que aflige, agoniza, atormenta.

A ansiedade é um tempo que não chega; a angústia, um tempo que não vai embora.

Amantes que aguardam pelo encontro é ansiedade; relacionamentos desgastados que não terminam é angústia. O prenúncio do final de semana para um pai divorciado é ansiedade; a despedida dos filhos no domingo é angústia. A espera pelo resultado de um concurso é ansiedade; ter seu nome classificado em uma lista de espera é angústia. A expectativa do primeiro dia de trabalho é ansiedade; o fim do expediente que demora é angústia.

Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrar a quem não gostamos uma pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. E angustiante.

Muitas são as pessoas que nos angustiam com suas argumentações, pleitos ou mera presença. O telefone toca e ao identificar o número você hesita em atender. Uma visita é anunciada e sua vontade é simplesmente mandar dizer que não está.

De tanto cultivar a ansiedade, de tanto se permitir a angústia, colhemos a depressão. Então lançamos mão de um comprimido de Prozac e fingimos estar tudo bem.

Por isso, meu convite é para que você dê um basta em sua angústia. Demita de sua vida quem e o que não lhe faz bem. Pode ser um cliente chato ou um fornecedor desatencioso; um amigo supostamente leal, porém, na verdade, um interesseiro contumaz; ou um amor não correspondido.

Tome iniciativas que você tem protelado. Relacione tarefas pendentes e programe datas para conclusão. Limpe gavetas, elimine arquivos desnecessários. Revise sua agenda de contatos e sua coleção de cartões de visita, rejeitando quem você nem mais conhece – e que talvez nunca tenha conhecido.

Vá ao encontro de quem você gosta para demonstrar-lhe sua afeição. Peça perdão a quem se diz magoado com você, mesmo acreditando não tê-lo feito. Ofereça flores, uma canção, um abraço e um aperto de mãos. Ofereça seus ouvidos e sua atenção.

A vida é breve e parece estar cada vez mais curta porque o tempo escorre-nos pelas mãos.  Compromissos inadiáveis, reuniões intermináveis, trânsito insuportável. Refeições em fast food, decisões fast track, relacionamentos fast love. Cotidiano que sufoca, reprime, deprime.

Caminhar pelas ruas, admirar a lua, contar estrelas, observar o desenho que as nuvens formam no céu. Encontrar amigos, saborear os alimentos, apreciar os filhos. Escolha ficar mais leve, viver com serenidade. Libere o peso angustiante que carrega em suas costas. Viva, não apenas se deixe viver.

Escrito por Tom Coelho
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Voce está praticando para ser um líder?

Muitas profissionais comentam que já não é suficiente ter uma formação superior para obter uma boa oportunidade de carreira. Outros comentam que faz uma grande diferença cursar universidades com qualidade e com nome; as "de ponta".

Há os que apostam nos MBAs para complementar a formação da universidade e agregar uma capacidade competitiva maior. Chegam a considerar que a "correção" de uma formação universitária menos reconhecida se faz com um investimento num MBA melhor.

Mas há também aqueles que dizem que as habilidades adquiridas dentro das grades curriculares das universidades e dos MBAs não são diferenciais suficientes para destacar um profissional no mundo dos negócios.

Um conjunto de habilidades práticas é muitas vezes, mais determinante do que o conhecimento adquirido através da educação formal das universidades e dos MBAs para o encontro com as melhores oportunidades de carreira.

O que se busca então dentro das organizações? O que faz um profissional valer mais do que outros, levando a organização e os executivos a apostarem mais nele?

Nem sempre as pessoas conseguem explicar bem ou conseguem dar uma resposta convincente, criando um ar de mistério sobre o tema, como se os novatos não fossem sequer capazes de entender as regras do jogo.

O que você acha? Qual seria a sua resposta clara para a questão?

Não é tão complicada nem tão misteriosa como às vezes aparenta. Basta retomarmos o que é a essência do trabalho profissional dentro de uma organização. Basta lembrarmos de que é nas organizações que a gestão e a liderança se fazem mais importantes, por serem alavancadoras das melhores performances possíveis.

Mas esta afirmação poderia causar a impressão de que apenas os poucos gestores e líderes são então importantes para a organização. O que você acha?

A realidade é que as habilidades de gestão e de liderança são aplicadas em diversos níveis da organização.

Nas boas organizações, o uso destas habilidades ocorre em todos níveis da estrutura, principalmente no papel de facilitador para as equipes e para os grupos. É cada vez mais importante que as organizações sejam capazes de aprender com suas próprias experiências. O "learning organization" é hoje uma condição necessária para gerar os diferenciais necessários para obter vantagens competitivas.

Os facilitadores são profissionais internos com habilidades de compreender as pessoas, conhecer a organização e os processos, agregar os membros dos grupos, treinar profissionais, gerar resultados através do trabalho coletivo e fazer com que o produto final coletivo seja sempre maior e melhor do que a soma dos produtos individuais.

A principal habilidade deve estar relacionada com a gestão e a liderança junto às pessoas, num exercício natural para um crescimento profissional.

O desprendimento, a visão sistêmica, a habilidade de comunicação e a capacidade de abstração são elementos importantes neste ensaio para alcançar a liderança no nível mais elevado das organizações.

E você, já é um facilitador organizacional praticante?

Escrito por Yoshio Kawakami
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Indicando para o seu Concorrente!

“Regra Nº 1: O cliente vem em primeiro lugar.
Regra Nº 2. Se você acha que o cliente não vem em primeiro lugar, releia a Regra Nº 1” - Gilclér Regina

Existem alguns funcionários que você precisa prestar mais atenção e promover... E outros que você também precisa prestar mais atenção e indicar para o seu principal concorrente.

Por que algumas lojas, farmácias, restaurantes estão sempre cheios de clientes e outras do mesmo quarteirão ou do mesmo bairro estão vazias? Considere que os clientes são as mesmas pessoas!

A resposta para esta questão está diretamente ligada à decisão que você tomou acima. Reter os melhores e demitir os piores.

Se uma pessoa está com você há um ou dois anos e não deu certo, demiti-la será um favor para ela mesma que irá procurar se acertar em outro lugar e ao mesmo tempo dará oportunidade para outra pessoa que está desejando este espaço.

Você sempre irá se deparar com dois tipos de clientes. 1: Sou o cliente que indica para todo mundo e não cobro comissão por isso. 2: Sou o cliente que não volta mais.

Napoleon Hill disse que separar o joio do trigo, o negativo do positivo, os bem-sucedidos de todos os demais, seja nos negócios, no amor, na riqueza e até no esporte é adicionar um brilho dourado em sua vida. Eu não tenho dúvida que pensar assim irá melhorar muito a qualidade de sua vida.

O que motiva o ser humano? Desafios extraordinários produzem pessoas extraordinárias. Vendedores que não trabalham com foco em metas e não gostam do que fazem estão na profissão errada. O fundamental é ser feliz com aquilo que se faz. Isso é sucesso.

Pessoas que amam o que fazem, que são especialistas, que tem foco, o mercado paga preço de ouro para tê-las em sua equipe.

E o sucesso é construído com humildade. Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra... E tudo o que sobra é resto... E o que é resto vai para o lixo. Ou seja, em outras palavras, o mau profissional é indicado para a concorrência, mas me parece que nem essa vai aceitá-lo.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O melhor senso

Recebo um e-mail de meu amigo Augusto:

“Outro dia fiz uma apologia ao ‘bom senso’. Eis que, lendo um livro pra loucos não tão velhos, descubro uma definição de Albert Einstein para o tal bom senso que sepultou de vez minhas (in)certezas: ‘Bom senso é o conjunto de todos os preconceitos que adquirimos durante nossos primeiros dezoito anos de vida‘. Noutra fonte descubro: ‘as opiniões de homens comuns; julgamentos sólidos e prudentes mas, em geral, não muito sofisticados’. Arrasado, notei o que me incomodava tanto... e o tal bom senso me levou a refletir muito antes de mandar um e-mail desmentindo minha fervorosa defesa anterior. Abaixo o ‘bom senso’, digo agora, e com ele todos aqueles que, como eu, o defendem tão inocentemente”.

O Augusto referia-se a um diálogo no qual falamos da necessidade de simplificar os processos, de aplicar o bom senso. Tomei o e-mail do Augusto como a descoberta de que aquilo que é considerado “normal” é exatamente o que nos coloca no mundo da mediocridade.

José Ingenieros escreveu: "O homem medíocre é, por essência, imitativo e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo as rotinas, pré-juizos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade”.

Domesticidade. Viver em rebanho. Sem sustos, sendo levado para onde o pastor quer.  Basta usar o bom senso.

O ser humano quer o bom senso para classificar as atitudes naquilo que considera “normal”, e assim entendê-las. Isso não é ruim, na verdade é uma das formas de tornar possível o convívio em sociedade. O problema é quando o bom senso representa apenas “o conjunto de todos os preconceitos que adquirimos durante nossos primeiros dezoito anos de vida.” Quem não ampliou seu repertório, não aprendeu com seus erros e com os erros dos outros, é escravo desses preconceitos e trabalha para que tudo permaneça exatamente como está.

Mas num mundo competitivo, ser mediano, ser normal, jogar pelas regras, fazer tudo certinho, é ser invisível. Se você não quer passar pela vida invisível, talvez tenha que estabelecer uma nova classificação: em vez de bom senso, falar no “melhor senso”, aquele que você julga o mais adequado para o momento, sem precisar ser o senso comum, o tradicional, o que todos esperam, o “normal”. Pode ser um senso maluco, capaz de tirar você do mar de mediocridade em que nos vemos afundados.

Mas o “melhor senso” tem problemas. Primeiro, depende de sua capacidade de julgamento. Infelizmente a maioria das pessoas só consegue julgar com base no “conjunto de todos os preconceitos que adquirimos durante nossos primeiros dezoito anos de vida”. Julgamentos precisam de repertório, de referências, de valores. E numa sociedade onde as pessoas estão acostumadas a viver em  rebanho, domesticadas, os valores e referências padrões são aqueles... comuns. Daí tudo estar tão igual, tão “normal”.

Segundo: quem é que tem peito pra defender um melhor senso que vá contra o consenso da maioria? Pois é...

Esqueça o bom senso de vez em quando. Faça diferente. Não seja normal. Não jogue exclusivamente pelas regras. Procure seu melhor senso. Talvez assim você faça a diferença.

Mas prepare-se para apanhar...

Escrito por Luciano Pires
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Para realizar a consulta anual com minha oftalmologista, profissional experiente, competente e renomada, seria necessário o agendamento com três meses de antecedência. Com sorte, consegui um encaixe, sendo atendido em duas semanas.

Durante a consulta, descobri que dos 29 pacientes previstos para aquele dia, sete já haviam cancelado ou simplesmente não comparecido. E ainda estávamos no início da tarde, significando que possivelmente ela encerraria o dia de trabalho com cerca de um terço de clientes não atendidos por ausência.

Em passagem por um pronto socorro infantil, minha filha realizou um exame a pedido da médica plantonista. Porém, na prescrição ela não solicitou uma análise essencial para verificação da enfermidade. Assim, o exame teve que ser refeito, dias depois. Contudo, esta segunda amostra teve sua integridade comprometida, talvez na coleta, talvez no manuseio, ensejando uma terceira visita ao PS para novo exame. Apesar do erro inconteste, fosse do hospital ou do laboratório, exigiram que um novo atendimento fosse aberto, como se fora um novo procedimento.

Estes dois episódios ajudam-nos a perceber uma face não aparente do que envolve o atendimento médico-ambulatorial-hospitalar nos dias atuais e sua relação com as administradoras de planos de assistência médica.

No primeiro caso, temos a malfadada dificuldade em agendar consultas, uma benesse não mais exclusiva do serviço público prestado pelo SUS, mas inerente aos convênios médicos privados. O que não se comenta é que o próprio usuário, o próprio paciente, o próprio cliente contribui de forma decisiva para o agravamento deste quadro quando de forma egoísta, irresponsável e inconsequente abstém-se de cancelar uma consulta agendada ou comunicar sua impossibilidade de comparecimento, ainda que em decorrência de um imprevisto, ao qual seguramente estamos sujeitos.

No segundo caso, encontramos a inépcia do médico, que ao falhar na mera prescrição do que deveria ser objeto do exame, comprometeu o diagnóstico e postergou o tratamento, desencadeando uma sequência de fatos que sobrecarregou o atendimento no pronto socorro, gerou retrabalho, ônus para o convênio médico, provocou perda de tempo e dinheiro e, em especial, prolongou a angústia de uma paciente com três anos de idade e de seus pais.

Não cabe aqui qualquer apologia em defesa das operadoras de planos de saúde, as quais deveriam buscar maior eficiência na gestão para proporcionar, além de melhor atendimento aos usuários e transparência das regras, também uma remuneração mais justa em especial aos médicos conveniados. Entretanto, é fundamental alertar para o fato de que a melhoria na qualidade e a sustentabilidade desde sistema, que só tende a se ampliar com a inclusão de novos entrantes, somente será possível quando médicos prescreverem com adequação os exames necessários, laboratórios de análise e hospitais prestarem serviços com excelência, e pacientes forem mais conscientes e altruístas na utilização dos serviços.

Escrito por Tom Coelho
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

E quando falta estão?

Todos os negócios tem como objetivo satisfazer o cliente para que ele fique satisfeito, retorne, fale bem e mantenha a preferência pelos serviços prestados ou pelos produtos oferecidos. Seria uma contradição a existência de um negócio que não tenha como premissa atender bem o seu cliente, certo?

Mas, então, o que acontece nas inúmeras vezes em que você sente que não foi bem atendido, o serviço não foi realizado com a atenção e a qualidade esperada?

Muitas vezes os chefes explicam que a razão das falhas é que as pessoas não seguiram o processo definido pela empresa. Esta explicação esconde uma falha essencial, mas que nos dias de hoje é muito comum, que é a falta de gestão. Não significa que não haja um gerente, mas possivelmente seja alguém sem o devido preparo.

Significa que o gerente não sabe qual é a sua responsabilidade, e a sua presença ou existência não faz qualquer diferença positiva para o cliente. A falta de visão deve mantê-lo no controle de tarefas menores, sem importância estratégica e distante dos clientes.

Veja um exemplo onde se observa que existe gestão. O Hotel Estamplaza Paulista, na Alameda Jaú, 497, em São Paulo, é um hotel comum nos aspectos físicos. É como inúmeros outros hotéis 3 estrelas da cidade, fazendo parte de uma cadeia que tem muitos outros estabelecimentos semelhantes.

Mas este não é um hotel comum quanto à gestão. Há alguns anos, este hotel impressionou-me pelo fato de enviar-me à habitação uma carta de boas-vindas manuscrita, logo após o check-in. Guardei esta carta como lembrança na ocasião. Nunca havia recebido uma carta manuscrita de boas-vindas, muito simpática, de uma funcionária de um hotel antes. Foi uma experiência nova, foi um "User Experience" de valor...

Continuei utilizando o mesmo hotel. Em outra ocasião, havia esquecido de levar o cabo de  conexão de Internet. Consultei por telefone se teriam o cabo e prontifiquei-me a descer à recepção para retirar o tal cabo. Não fiquei muito confiante quando o funcionário insistiu que me traria o cabo imediatamente. "Imediatamente" num hotel, mesmo os mais luxuosos, significa normalmente 10 minutos ou mais, razão para eu querer descer e buscá-lo.

Mas, para minha surpresa, "imediatamente" naquele hotel foram menos de 2 minutos!

Esta semana, na chegada ao mesmo hotel, o manobrista não estava no momento para registrar a entrada do veículo na garagem. Em poucos minutos um funcionário do hotel prontificou-se a cuidar do registro com o manobrista mais tarde e deixaria o ticket na recepção. Não era necessário esperar! 

Como havíamos chegado cedo, não havia um quarto disponível ainda. Pedimos se poderíamos tomar o café da manhã, pagando-o à parte. Claro que sim! Mas na hora de pagar, não havia como colocar na conta, pois a habitação não havia sido definida. O próprio garçon verificou e retornou em seguida, propondo uma cortesia pelo fato da habitação ainda não estar pronta.

Não sei quem é o gerente do estabelecimento, mas há alguém que faz a diferença. Sabe fazer gestão do seu negócio!

Num caso oposto, na chegada ao aeroporto de Congonhas, fomos à Hertz, onde tínhamos reserva para um veículo. O transfer para a garagem só chegou depois de 20 minutos e 02 ligações à funcionária do balcão, que havia dito que chamaria o transporte imediatamente. "Imediatamente" neste caso eram pelo menos 20 minutos!

Ao chegar na garagem, haviam 02 vans paradas. No retorno, uma funcionária orientava outra funcionária "em treinamento", ao invés de perceber que não era hora de fazer "on-the-job training", mas de atender os clientes rapidamente. Aliás,  só deveria atender um cliente, quem estivesse devidamente treinado. O cliente não tem nenhum motivo para participar de treinamentos de funcionários...

Não era necessário perguntar se o gerente estava ausente, doente ou simplesmente não existia. A funcionária que orientava poderia até ser a gerente do estabelecimento, mas não havia qualquer sinal de gestão do negócio naquele momento!

A qualidade da habitação ou a qualidade do carro alugado não são capazes de criar qualquer preferência para os respectivos negócios. Há outros hotéis na mesma rua e há outras locadoras no mesmo aeroporto. A gestão do hotel me fará voltar ao estabelecimento e a gestão da locadora me fará buscar outra empresa na próxima viagem...

Quem não sabe como conduzir a sua equipe para proporcionar ao cliente uma experiência inesquecível em cada contato, não é um gestor, é apenas um título.

Veja se você e a sua equipe fazem a diferença no seu negócio. Veja se o cliente percebe na sua gestão um motivo para retornar..

Escrito por Yoshio Kawakami
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Torturadores de palavras

Este texto é de 2009. Mas precisa ser relido já.

Olha que história sensacional recebi por email: Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos. Durante a pesquisa da árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito: “Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889.”

Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um email ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido.A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:

“Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889 Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu.”

Não é sensacional? Palavras e números podem ser torturados pra dizer o que o torturador quiser!

Portanto, é indispensável se preparar para os discursos, matérias e  reportagens com os quais você se depara diariamente. E esse processo de preparo começa com o estudo, com a leitura. Quem não lê não está preparado para assistir televisão, por exemplo. É a leitura que nos ajuda a construir um repertório suficiente para embasar nossas reflexões, enriquecer nossas comparações, orientar nossos julgamentos e refinar nossa capacidade de tomada de decisão.

Através da leitura tomamos contato com as idéias de homens e mulheres que ao longo da história trataram dos problemas que nos afligem. Com a leitura aprendemos como o mundo funciona e como o homem se comporta em sociedade. Aprendemos sobre po-lí-ti-ca.

Através da leitura e do estudo é possível desenvolver uma espécie de “sexto sentido” para perceber os malabarismos dialéticos, a tortura das palavras. No mínimo isso ajuda a não fazer papel de trouxa.

Sem leitura, repertório e pensamento crítico nos tornamos reféns dos torturadores profissionais de palavras. E então um “não”passa a significar “sim”. E vice versa. Erros viram acertos. Ladrões são tratados como empresários. Planos eleitoreiros são vendidos como a salvação da pátria. Terroristas passam por refugiados. Corrupção vira caixa dois. Assassinos transformam-se em vítimas.

Ah, ia me esquecendo! Em vez de simplesmente acreditar e repassar, decidi ler e estudar. E descobri que a história de Judy, Harry e Remus Reid é falsa. É uma mentira que circula pela internet há mais de dez anos...

Viu só?

Escrito por Luciano Pires
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Antes tarde do que nunca

Recentemente, o governo adotou uma bateria de medidas para incentivar o setor de transporte rodoviário brasileiro, incluindo isenção tributária na venda de caminhões, linhas subsidiadas de financiamento através do BNDES, programa de compra de caminhões e ônibus nacionais pelo próprio governo, elevação de impostos para caminhões importados e um amplo programa de investimentos em infraestrutura rodoviária através de concessões para a iniciativa privada.

É provável que, nos próximos trimestres, estas medidas tenham um impacto positivo significativo sobre o setor de transporte rodoviário comercial, ainda que mais modesto do que o verificado recentemente no setor de automóveis.

A esperança é que estas medidas sejam suficientes para impulsionar o setor até que o período mais agudo da crise europeia seja superado. Quando isto acontecer, a economia brasileira deve retomar um ritmo vigoroso de crescimento, como em 2010 após a crise financeira global do final de 2008 e início de 2009. Então, os investimentos devem voltar a crescer de forma mais significativa, impulsionando vendas de caminhões e ônibus.

Ainda assim, cabem duas críticas importantes. No mínimo, tais medidas deveriam ter sido adotadas antes, à medida que os impactos negativos da crise europeia e da elevação da inadimplência na economia brasileira ficaram óbvios.

Mais importante, se por um lado as medidas são na maior parte louváveis, por outro, elas ilustram bem os defeitos da economia brasileira. Somos o país do plano B. Falta o plano A. Não planejamos; reagimos. Também na economia, somos o país do puxadinho, do combate à doença, ao invés da prevenção.

Distorções causadas por gastos públicos excessivos – impostos elevados, infraestrutura precária, juros altos e câmbio apreciado – se atacadas sistematicamente ajudariam muito mais o setor e a economia brasileira como um todo do que medidas esporádicas de combate a períodos difíceis. Infelizmente, para poder ter uma estratégia ampla neste sentido e recursos para financiá-la, o governo precisaria de um projeto de redução do tamanho do Estado que não existe.

Escrito por Ricardo Amorim
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O mal da mediocridade

Dia destes, em um voo durante a madrugada, uma senhora sentada ao meu lado, na poltrona central, tentava acomodar com a cabeça apoiada no colo seu filho adormecido de pouco mais de três anos, que acabara de passar por uma cirurgia cardíaca. O quadro era de grande desconforto. Por isso, decidi ceder meu lugar no corredor a ela, deslocando-me para um assento localizado na saída de emergência.

A comissária imediatamente me interpelou, informando que aquele assento era exclusivo para quem havia “adquirido o produto no check-in”, de modo que eu deveria retornar ao lugar de origem. Diante de minha explicação sobre o porquê de eu ocupar aquela poltrona naquele momento, ela emendou: “Estou apenas seguindo ordens”.

Em outra ocasião, hospedei-me em um hotel luxuoso reservado pela empresa contratante, com um valor de diária exorbitante para quem apenas repousaria por algumas poucas horas. Assim que adentrei o quarto, busquei o cardápio do room service, a fim de fazer uma refeição após tantas horas de voo. Porém, o atendente na cozinha disse-me que não poderia acatar meu pedido, pois o serviço havia encerrado à meia-noite. Detalhe: o relógio marcava meia-noite e nove!

A mediocridade é uma das maiores chagas do mundo moderno. Ela representa estatisticamente a porção central da distribuição normal, ou curva de Gauss, segundo a qual cerca de 70% dos eventos observáveis encontram-se dentro da média com mais ou menos um desvio padrão.

É medíocre o aluno que se esforça apenas para obter a nota mínima exigida para passar de ano. É medíocre o estudante de pós-graduação que comparece às aulas com desinteresse, pois seu único objetivo é alcançar o certificado de conclusão do curso para rechear seu currículo. É medíocre o trabalhador que lacônica e covardemente apenas cumpre ordens, destituindo-se de um mínimo de bom senso e flexibilidade, como nos dois casos acima relatados.

Olhando para os extremos da curva de Gauss, identificamos dois grupos importantes de variáveis, muito acima ou muito abaixo da média, e que por esta característica de excepcionalidade impactam de forma decisiva os rumos da história. É o que Nassim Taleb denomina de “Extremistão”, em sua obra A lógica do cisne negro – O impacto do altamente improvável.

No mundo da gestão de pessoas, temos do lado direito da curva os grandes líderes e realizadores, aqueles que se destacam pela proatividade e elevada resiliência. Já do lado esquerdo, encontramos os estúpidos, dotados de falta de discernimento e sensibilidade.

O maior desafio de um gestor, líder ou educador, em qualquer cenário ou âmbito, é distorcer a curva de Gauss, trazendo os tolos ao menos para a média – ou livrando-se deles, quando possível – e estimulando os medíocres a abandonarem a zona de conforto para se tornarem pessoas especiais, comprometidas e engajadas, capazes de fazer não apenas o possível, mas de entregarem o seu melhor.

Agora eu lhe pergunto: em que ponto da curva você se encontra?

Escrfito por Tom Coelho
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O mundo perfeito

Você é encarregado de preparar um determinado projeto. Em verdade, você mesmo candidatou-se à tarefa, pois conhece o assunto como poucos e está certo de que poderá contribuir com sua equipe. Assim, bastariam algumas horas de transpiração diante da tela do computador para produzir uma primeira versão do documento que seria apresentada aos seus pares propiciando debates e a elaboração de uma versão posterior, mais densa e melhor estruturada.
Todavia, seu nível pessoal de exigência impede-o de redigir uma proposta sem antes promover todo um trabalho de pesquisa para embasar sua tese. Mas pesquisa demanda tempo e o tempo é a matéria-prima mais escassa do mundo moderno. Passa-se uma semana, duas, um mês. O projeto não sai de seu pensamento e não vai para o papel. Você se angustia, perde o prazo e a credibilidade com seus colegas. E consigo mesmo.

O exemplo acima pode representar um projeto profissional. Pode também ilustrar um trabalho acadêmico ou mesmo uma ação filantrópica. O fato é que em qualquer um dos casos o desejo de fazer o ótimo dilacerou a possibilidade de fazer o bom. Ao final, nada foi concretizado, o que significa um resultado péssimo.

Convido você a fazer igual analogia com outros sonhos que já visitaram suas noites em vigília. Livros que não foram escritos, músicas que não foram compostas, poesias que não foram declamadas. Uma intervenção necessária durante uma reunião que foi contida por falta de ousadia. Uma declaração de amor reprimida porque você ainda não se sentia preparado.

Temos o mau hábito de esperar pelo mundo perfeito para tomar decisões. É como se decidíssemos cruzar a pé uma movimentada autoestrada apenas quando todos os veículos parassem para permitir nossa passagem, sem a existência de qualquer sinalização que os obrigasse a tal ação.

Enquanto buscamos e ansiamos por este mundo perfeito, outras pessoas fazem o que é possível, com os recursos de que dispõem, dentro do tempo que lhes é concedido. E não raro acabam sendo bem-sucedidas. Então, ao observarmos o conteúdo de suas produções, colocamo-nos imediatamente a criticá-las, certos de que poderíamos ter alcançado um resultado muito mais satisfatório. Nós pensamos; elas agiram.

Observe como muito pode ser feito usando de pouco tempo e de muita simplicidade. Muitas vezes basta um telefonema de alguns minutos para dirimir uma dúvida, prestar um esclarecimento, obter uma dilação de prazo. De igual maneira, um e-mail redigido em uma fração de segundos pode aquietar o espírito de seu interlocutor e sepultar o risco de um desentendimento. Agradecimentos, por sua vez, devem ser prestados o quanto antes, ou tornam-se inócuos e desprovidos de sensibilidade.

Um livro pode ser escrito de uma só sentada ou capítulo a capítulo, dia após dia. Uma música pode ser composta num guardanapo de papel na mesa de um bar ou nas bordas de uma folha de jornal que repousa em seu colo dentro de um ônibus. Um poema pode ser oferecido em meio a um jantar ou dentro de um elevador que se desloca do terceiro piso para o subsolo.

O tempo certo para agir é agora. Não de qualquer jeito, não com mediocridade, mas com o máximo empenho possível. Amanhã, como diriam os espanhóis, é sempre o dia mais ocupado da semana.

Escrito por Tom Coelho
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Diz-me com quem andas?

Estamos de volta a uma velha questão filosófica? Pode parecer, mas podemos aproveitar a frase bem conhecida para analizarmos um pouco e efeito do meio sobre as pessoas, em particular no campo profissional.

Ter ambições faz parte das premissas de desenvolvimento profissional. Claro que esta premissa é apenas um ponto de partida e deve ser entendido que ter ambições não muda em absolutamente nada a vida de um profissional. O que muda a vida são as ações tomadas em função das ambições.

"O homem original é uma espécie de animal tranquilo, movido por poucas necessidades, indiviso, sem coerção e, consequentemente, feliz, ligado apenas ao presente. Mas permanece "estúpido e limitado". (Pierre Burgelin no prefácio da obra de Rousseau - O Contrato Social).

A frase acima soa um tanto pessimista e indelicado com a natureza do homem, mas pode conter um significado muito interessante quando relacionado com o desenvolvimento profissional.

Se acreditarmos que "somos tranquilos e movidos por poucas necessidades", mas se ao mesmo tempo aceitarmos que somos aperfeiçoáveis, devemos considerar que a importância da influência do meio sobre a vida das pessoas pode ser fundamental, até mesmo no estabelecimento das suas ambições.

A busca da própria aceitação pelo meio social a que pertencemos pode gerar um estímulo ao aperfeiçoamento profissional e pessoal, ou pode gerar um desinteresse pelo mesmo tema. Esta é a razão pela qual em algum momento da vida, recomenda-se "sair de casa". Não é apenas o "aprender a se virar", que conta como importante aprendizado. A vida desvinculada dos hábitos familiares e dos antigos amigos cria a possibilidade de refinamento e expansão do modo de pensar e de compreender o mundo.

Serve principalmente para estabelecer novos objetivos e novas ambições na vida, de acordo com o auto-conhecimento da sua capacidade e do seu potencial.

É fato que tal mudança dificulta muitas vezes o retorno ao estilo antigo e pode dificultar a relação com o seu próprio passado, incluindo-se familiares e amigos deixados na terra natal. Muitos filhos de imigrantes já viveram este drama no passado, e ainda hoje muitos estão vivendo-o sendo a "primeira geração universitária da família" nas famílias de classe média no Brasil. Mas o desvínculo, o "corte do cordão umbilical", desenvolve habilidades sociais que muitos não podem adquirir em suas próprias casas.

Uma outra forma que o mesmo problema toma para alguns profissionais, é a sua postura profissional que não corresponde ao seu potencial. Tendo sido formados em famílias sem grandes ambições profissionais, relutam em assumir o seu real potencial e relutam em assumir uma postura mais assertiva. Muitas vezes a dificuldade é o seu próprio cônjuge, particularmente no caso de mulheres profissionais.

É o resultado de um ambiente onde a valorização da auto-estima não existe e não há estímulo para se ter orgulho das suas próprias realizações. Este tipo de ambiente causa sentimento de culpa naqueles que alcançam sucesso profissional e fazem com que o profissional seja incapaz de ter orgulho e desfrutar a sua realização, seja no âmbito profissional, seja no âmbito pessoal.

Além do ambiente familiar, as comunidades étnicas, associações religiosas e associação de afinidades podem também funcionar como "aniquilador de desafios e ambições", levando as pessoas a valorizarem a aceitação nestas comunidades acima da realização do seu potencial profissional e pessoal.

Creio que seja parte da missão das pessoas buscarem o seu próprio desenvolvimento profissional e pessoal, para depois reverterem este aprendizado em benefícios da sua comunidade, contribuindo para o crescimento de todos.

Muita gente pergunta: - Que competências devo adquirir para crescer? Mas talvez devessem perguntar: - Que hábitos devo esquecer para crescer?

Escrito por Yoshio Kawakami
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Utilize a profecia autorrealizável para motivar a sua equipe.

Você é fruto daquilo que acredita ser e também resultado das considerações que permite que os outros creditarem à sua vida. O que você é hoje também é influência das expectativas dos outros sobre você. Sabia disso?

Há alguns anos, os pesquisadores e professores Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, iniciaram nos Estados Unidos estudo sobre o comportamento de crianças que tiveram suas expectativas aumentadas. Para alunos de uma classe de uma escola infantil, eles disseram que elas eram crianças especiais, que possuíam inteligência bem acima da média e, por isso, a expectativa era de que elas teriam notas muito altas. Simultaneamente, para outro grupo disseram que elas não eram inteligentes e, por isso, teriam dificuldade para compreender a matéria daquele ano.

O resultado foi que os alunos que tiveram suas expectativas aumentadas, conseguiram as melhores notas de toda a escola. O segundo grupo, por sua vez, teve as piores notas. Ao afirmar que os alunos eram brilhantes, fizeram com que eles acreditassem nisso e, dessa forma pudessem dar o melhor de si. O mesmo aconteceu com a outra turma. Com expectativas baixas, gerou um baixo desempenho.

Insatisfeitos com os resultados, eles continuaram com a pesquisa. Reuniram a primeira turma e disseram que haviam errado o prognóstico – afirmaram que o grupo ao invés de reunir os melhores alunos da escola, na verdade, era o mais fraco. Não obstante, foram até a segunda turma e disseram aos alunos que eles eram os melhores. O resultado não os surpreendeu! A primeira turma teve um desempenho muito abaixo do que havia registrado anteriormente, enquanto a segunda turma obteve excelentes resultados nas avaliações.

Com a experiência eles chegaram à conclusão que quanto maior o incentivo melhor o resultado e comprovaram a teoria da “profecia autorrealizavél” – quanto mais você acredita em alguma coisa, maior é a possibilidade de que ela se concretize. A sua expectativa em relação a algo ou alguém pode influenciar sensivelmente um acontecimento. Pense nisso quando estiver pensando em dar feedback para alguém da sua equipe.

Escrito por Fernando Oliveira
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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Suas decisões são transformadoras?

Quantas decisões realmente importantes você toma na sua vida profissional? Você já deve ter lido sobre decisões de executivos, que normalmente admitem que 1/3 foram boas decisões, 1/3 foram más decisões e o restante fica entre estes.

Mas pense em decisões realmente importantes, aquelas que mudam o curso do desenvolvimento da empresa, aquelas que causam uma inflexão na curva de crescimento... São aquelas decisões estratégicas que realmente "fazem a diferença"!

Para estas decisões transformadoras, a faixa de acerto de apenas 1/3 de boas decisões, é absolutamente inaceitável. Só nas coisas corriqueiras é que se pode ter o luxo de acertar apenas 1/3 das decisões tomadas!

Embora um executivo pareça tomar importantes decisões diariamente, estas são normalmente de pequenos ajustes, de orientações e de complementação de alguma atividade de importância limitada e de efeito no curto prazo. São na verdade, apenas decisões de implementação e de execução.

As decisões transformadoras são muito mais raras. Arrisco a dizer que são as decisões críticas a que um executivo raramente se expõe. Estas causam efeito e consequências se não forem tomadas, se forem tomadas corretamente podem gerar grandes benefícios, ou ainda se forem tomadas errôneamente causam grandes problemas e podem até comprometer a existência da empresa. 

Na verdade, acredito que os executivos são pagos para identificarem e tomarem estas decisões, embora muitas vezes sejam glorificados ou condenados pelas decisões menos importantes,  sobre as coisas diárias.

Apenas como exemplo, a minha própria experiência à frente da empresa Volvo CE LA durante 12 anos é de que as decisões transformadoras foram muito poucas. É verdade, foram muito importantes e fundamentais para o crescimento da empresa, tanto que promoveu o crescimento do faturamento de 12 vezes em 12 anos. Mas a reflexão recente me levou a uma lista de apenas 5 decisões transformadoras tomadas ao longo destes anos.

Foram estas decisões:

a) Reestruturação da empresa no início da gestão, quando os equívocos anteriores precisavam ser desfeitos e a cultura precisava ser alterada significativamente, trazendo à luz da realidade a organização.

b) Reposicionamento da marca o dos produtos no mercado, fazendo com que marca se tornasse uma das mais respeitadas no mercado e o produto fosse devidamente valorizado pelos clientes e pela rede de distribuição em toda América Latina.

c) Crescimento através da expansão do portfolio de produtos, que foi a decisão da estratégia adotada para promover o crescimento da empresa durante o período, com o faturamento passando de USD 58M para USD 716M em 12 anos de atividades.

d) Descentralização geográfica para o crescimento na América Latina, que posicionou a empresa em todos países mais importantes da América Latina, equilibrando os riscos de longo prazo com a distribuição dos negócios entre o Brasil e os demais países da América Latina.

e) Introdução da estratégia de Dual Branding, que promoveu o apoio à marca de combate aos novos entrantes de baixo custo no mercado e promoveu uma nova frente de crescimento para o grupo e para os distribuidores.

Cada uma destas 5 decisões transformadoras produziu necessidades que geraram uma séria de atividades adicionais e que foram muitas vezes as mudanças visíveis e percebidas pelas pessoas e pelo mercado.

Este exemplo serve apenas para dar a dimensão das decisões transformadoras  numa organização e indicar a natureza delas. Como sempre comento, não há validação estatística, mas tem o poder da realidade. 

Aqueles que aspiram ser executivos líderes de negócios devem perceber que os acionistas e investidores pagam por estas decisões. Não há dúvidas de que muitos apenas tomam as decisões de execução, seguindo as diretrizes corporativas. Mas a essência das tomadas de decisões só pode ser avaliada num período mais longo, em que as consequências das decisões se fazem visíveis e mensuráveis.

Empreendedores precisam identificar e tomar estas decisões arcando com os riscos para poderem crescer os seus negócios. Ao evitar os riscos das decisões transformadoras, podem matar as oportunidades de crescimento do seu próprio negócio.

Avalie se as suas decisões são realmente relevantes e significativas, se são mesmo transformadoras. Estas darão pêso à sua presença e determinarão o seu real valor no mercado.

Escrito por Yoshio Kawakami
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Os sinais que a vida envia

Todos os dias você recebe algum tipo de mensagem sobre o que pode e precisa fazer para ser feliz, não ignore esse sinais. Alguém inesperado apareceu? Tomou um ônibus errado? Perdeu o metrô? Não se zangue. Apenas veja para qual caminho sua vida esta sendo direcionada. Algo que a princípio parece ser negativo, pode ser o início de alguma mudança que você está desejando para sua vida ardentemente, e seu próprio subconsciente ” armou” essa situação para você.
Quando alguma coisa inesperada acontece comigo, eu procuro ficar atento em qual mensagem pode estar por trás dessa situação. Quase sempre há uma mensagem ou resposta que eu estava buscando.
O grande barato da vida é que estamos sempre tendo a oportunidade de aprender coisas novas,  e assim, evoluir e encontrar nossa verdadeiro destino.
Por exemplo; você começou a ler esse artigo sem ter uma ideia de onde o levaria, você pode dizer; “esse artigo não acrecentou nada em minha vida”, ou “opa, o que eu preciso começar a enxergar em minha vida que não estou vendo e por isso fico achando que tudo é uma droga? Nós que damos significado às coisas que nos acontecem. Você sempre tem a opção de permanecer onde e como está,  ou ficar aberto para perceber que sinais estão sendo enviados pelo universo para que você possa crescer e se desenvolver.
A minha metáfora preferida sobre a vida é de que “a vida é uma escola,  estamos sempre aprendendo alguma coisa, e se não estamos aprendendo estamos, de certa forma, morrendo”.
Alguma pessoas demoram mais para aprender as coisas, outras são mais rápidas em absorver as lições e conseguem seguir a passos largos rumo ao seu verdadeiro destino.
Se você me acompanha há algum tempo, sabe que tudo que escrevo tem a ver com meu próprio desenvolvimento pessoal, estou contando minha própria história através dos meus artigos. Compartilhar isso com você é um prazer e também uma fonte de aprendizado.
Espero que com isso, eu possa inspirá-lo a perceber o quanto somos abençoados por estarmos aqui e por termos todas as oportunidades para sermos felizes agora.

Escrito por Fernando Oliveira
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Quem é o seu sucessor?

Como assim? Você não se preocupa com isso?

De fato, nem todo mundo se preocupa com isso e deixa para a última hora, ou apenas deixa que a empresa resolva o problema após a sua saída. Mas não seria esta uma das principais responsabilidades de um gestor? Ou você não se importa com o que acontecerá aos seus colegas de trabalho, parceiros de negócios e seus clientes? Afinal muitos deles confiaram em você quando aceitaram suas propostas, não?

Seja pelas preocupações com aqueles que confiaram em trabalhar ou fazer negócios com você, ou pelo legado que fica para o futuro da empresa, o futuro faz parte dos resultados sustentáveis que você deixa como gestor.

Fazer com que a confiança na marca e na empresa seja preservada, faz parte das responsabilidades e dos valores que um gestor proporciona à empresa. Principalmente quando o afastamento se dá como uma fase final da carreira de executivo de uma empresa.

Neste momento estou cumprindo as minhas últimas semanas como gestor da empresa, deixando a carreira profissional como executivo da Volvo Construction Equipment Latin America. É o resultado final de alguns anos de preparação da empresa e do grupo de diretores para uma importante transição após 12 anos de trabalho e de um período inédito de crescimento.

A preocupação nos últimos 05 anos foi de renovar o grupo de diretores, para que a organização contasse com uma liderança capaz de seguir desenvolvendo a empresa, diante de novos desafios. Não há dúvidas de que os problemas surgidos com a crise financeira ainda não foram resolvidos.

A nova situação será mais desafiadora do que da fase anterior, tanto internamente na organização, quanto externamente no mercado. As empresas já promoveram, ou estão promovendo mudanças na sua estrutura; estão se tornando ainda mais globais, dependentes de novos mercados emergentes. São novos tempos para novos desafios e novas soluções.

O grupo responsável pelas principais decisões precisa estar atualizado e preparado para os próximos anos, com capacidade para gerar novas soluções de negócios e novas relações com os principais stakeholders do negócio. A renovação dos diretores já está concluída, como parte de um acordo que fizemos há vários anos, para evitar que a organização encontrasse um "precipício", com todos diretores chegando à idade limite ao mesmo tempo.

O acordo realizado na época permitiu que os diretores encontrassem alternativas e soluções adequadas em tempo para prosseguirem com as suas vidas, realizando seus projetos pessoais e seus desejos profissionais.

Os aprendizados foram  muito interessantes ao longo dos últimos anos.

A proposta para se pensar e planejar a sucessão de toda diretoria foi fundamental para que todos encontrassem soluções para suas vidas. Ao assumirmos o compromisso de encontrar uma solução, cada qual começou a pensar, preparar alternativas e desenvolver conhecimentos necessários. O resultado foi que praticamente todos anteciparam a mudança de vida, ao invés de permanecerem até o último momento.

Todos perceberam que tinham alternativas interessantes e que não dependiam tanto da empresa como pensavam. O crescente entusiasmo com as novas possibilidades determinou, em muitos casos, uma antecipação do desligamento.

Com a perspectiva de concluir o seu trabalho de muitos anos de forma positiva, surgiu um natural  desprendimento em treinar os seus sucessores e os colegas, que facilitou a renovação dos quadros gerenciais.

Ao se tratar do assunto de forma aberta na organização, o interesse dos mais jovens na empresa foi mantido pelas perspectivas de surgimento de novas oportunidades, com a sequência de  mudanças de posições na organização.

Não há dúvidas de que este assunto gerou algumas especulações e incertezas até as definições finais, mas ainda assim, com menor prejuízo às atividades.  

Ao tratar o problema de uma forma inédita, muito aberta, parece-me que alcançamos um resultado muito mais satisfatório do que manter segredos e especulações. Provavelmente conseguimos reduzir o stress a níveis muito baixos em relação à alternativa.

Talvez esta experiência seja útil na sua empresa? Você gostaria que as transições fossem assim na sua empresa?

Escrito por Yoshio Kawakami
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A reforma interna

É senso comum que vivemos hoje na era da celebridade. Milhões de pessoas se submetem a cirurgias plásticas na tentativa de mudar a aparência, manter a juventude ou simplesmente corrigir algum tipo de “imperfeição”. Influenciadas pelas capas de revistas com belas modelos e artistas da televisão, as jovens, estão cada vez mais cedo procurando um cirurgião para realizar implantes de silicone, rinoplastia ou lipoaspiração. Não há nada de errado em se preocupar com a aparência ou com sua apresentação pessoal, isso muitas vezes auxilia na auto-estima. Mas o fato é que as pessoas estão exagerando.

Há pouco tempo li uma matéria sobre uma mulher que tem como objetivo ter o maior implante de silicone do mundo, ela já tem 3 litros em cada seio e quer mais!!! Onde é que isso vai parar? Notícias assim me fazem lembrar de um antigo dito popular, “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

Muita gente tem feito qualquer coisa para aparecer e ser notada. Mas a grande maioria está se esquecendo de um pequeno detalhe…Não adianta pintar a casa por fora, se por dentro as paredes estão sujas e cheias de rachaduras. As mudanças externas devem vir juntamente com uma mudança interna. Vemos pessoas preocupadas demais em deixar o corpo bonito, mas sem nada na cabeça, ou seja, sem conteúdo e estrutura para viver a vida com plenitude. Sem pessimismo, mas um dia “isso” irá embora e o que vai sobrar é quem você é verdadeiramente. Ficar apenas preocupado com a “casca”, pode ser inclusive, motivo de grandes frustrações.

Minha sugestão é que você, antes de ver o cirurgião plástico, faça uma reforma interna. Pare de ter medo de não ser aceito pelos outros e comece a aceitar a si próprio. Não confunda amor próprio com vaidade, amar a si mesmo e viver a vida sob os seus termos é o que considero o primeiro passo para a verdadeira felicidade. Sua essência é mais importante do que a “máscara social” que você criou para ser aceito(a) pelas outras pessoas.

Reserve um tempo diariamente para pensar sobre sua vida, para descobrir como perdoar seu passado, como se perdoar. Essa é a verdadeira reforma que você vai fazer. Eu sei que não é um processo fácil, mas totalmente possível. Você precisa apenas começar.

Escrito por Fernando Oliveira
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A hora do sprint

China, 2008. No complexo aquático chamado “Cubo d’água”, todas as atenções estão voltadas ao norte-americano Michael Phelps que chegou à Olimpíada de Pequim com a missão de conquistar oito medalhas de ouro numa mesma edição dos jogos.

Após faturar o primeiro ouro nos 400 m medley, Phelps abre a prova do revezamento 4x100 m estilo livre para a equipe dos EUA. Contudo, é superado pelo australiano Eamon Sullivan, entregando a prova para seu companheiro na segunda colocação.

Garrett Weber-Gale, por sua vez, faz uma prova fantástica, colocando os EUA na primeira posição após sua passagem. Porém, Cullen Jones tem um desempenho medíocre, perdendo a liderança para os franceses e permitindo a aproximação dos australianos.

Jason Lezak é o quarto e último nadador estadunidense a saltar na piscina. Ele enfrenta o ex-recordista mundial da prova, o francês Alain Bernard, que já larga com uma vantagem de 59 centésimos de segundo. Após os primeiros 50 metros de prova, esta distância aumenta para 82 centésimos. Parece ser o fim do sonho dourado de Phelps. Porém, nos últimos 20 metros, Lezak dá um sprint inacreditável e supera Bernard em apenas oito centésimos, vencendo a prova e batendo o recorde mundial.

A cada réveillon temos por hábito planejar uma série de resoluções de ano novo. Assim, estabelecemos metas as mais diversas. Coisas como cuidar melhor da alimentação, praticar atividade física com regularidade, trabalhar com maior afinco e entusiasmo em busca de resultados mais efetivos.

Entretanto, as semanas passam, uma crise econômica se instala, a desmotivação nos abate e passamos até mesmo a acreditar que todas aquelas metam não podem mais ser alcançadas porque as adversidades são muitas e o tempo é curto. O aluno com notas vermelhas desconfia que será reprovado, o vendedor com baixo índice de negócios tem quase certeza de que será demitido, o atleta com resultados pífios resigna-se de que será derrotado.

Pois é exatamente neste momento que precisamos promover uma grande virada. Valorizar o pouco tempo que nos resta, fazendo uso dos recursos disponíveis para perseguir resultados extraordinários. Há partidas de futebol que são vencidas nos acréscimos concedidos pelo juiz. Há concorrências que são vencidas pelo postulante a entregar seu envelope de oferta no último minuto.

O estudante inteligente perceberá que com dedicação e concentração poderá passar nos exames finais. O vendedor astuto encontrará na retomada da economia e nas festas de final de ano a senda para cumprir sua cota. O atleta psicologicamente bem preparado saberá que as derrotas passadas são apenas sementes para a maturidade e que a vitória mais importante está no próximo ponto a ser disputado.

Jason Lezak fez história com um esforço supremo nos últimos instantes de sua prova. Venceu por uma fração de segundo. Como ele mesmo declarou, sua preocupação não estava em compensar o tempo de desvantagem que tinha ao assumir a prova. Também não estava em enfrentar um oponente renomado. Seu único objetivo era ajudar a sua equipe e fazer o seu melhor.

Agora pergunte a si mesmo: o que já foi feito ao longo deste ano e o que você ainda pode, deve e irá fazer com os dias que lhe restam antes de mais uma virada no calendário?

Escrito por Tom Coelho
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Voce gosta de crises?

Muita gente acha que só quando os negócios caminham bem e o mercado está crescendo, pode-se visualizar um crescimento de carreira. Mas a realidade pode ser outra, principalmente considerando-se que crescer profissionalmente depende de oportunidades de mostrar um valor superior.

Quando o mercado está favorável e os negócios crescem, a quantidade de oportunidades que surgem são decorrentes do crescimento dos negócios. Não há dúvidas de que é o ambiente mais favorável na medida em que as empresa incrementam as posições de liderança e de gestão.

No entanto, o que é decorrente do volume, também pode desaparecer com o volume, nos momentos menos favoráveis do mercado. Se você tiver a felicidade de aproveitar uma situação de crescimento, tenha consciência de que é um conforto temporário e na primeira necessidade de cortes na empresa, haverá redução destas novas posições.

Quando fui promovido à posição de gerente, fiz parte de um grupo de "sortudos" que estavam no lugar certo, no momento certo. Éramos 05 novos gerentes promovidos de uma só vez na mesma divisão. O acontecimento foi apelidado de "Trem da Alegria".

Em seguida, ao completar o quadro de uns poucos funcionários no meu departamento, comuniquei que o "Trem da Alegria" não era uma garantia, mas sim um processo seletivo gradual. Comentei que dos 05 novos gerentes, provavelmente seriam 02 a sobreviver, ao ao longo de alguns anos. O meu plano era ser um destes 02 sobreviventes, por nenhuma outra coisa senão um resultado superior.

Por coincidência, após uns 4 anos, deste grupo haviam apenas 02 gerentes. Acontecera  troca com outra divisão, demissão por redução de postos e substituição por performance. A sobrevivência a este processo seletivo foi baseada principalmente na entrega dos melhores resultados.

As crises se sucediam e éramos testados sem descanso pelas condições do mercado, em que a resiliência às adversidades era certamente uma característica fundamental para a sobrevivência. Manter a frieza quando o dia seguinte era imprevisível, ser otimista e propor planos sem muita certeza de sucesso, iniciar um projeto e imediatamente ser forçado pelo mercado a alterá-lo, preocupar-se apenas com o curto prazo e outras frustrações transformavam o trabalho em permanente exercício de fé.

Claro que falar de manutenção da qualidade de vida, redução do estresse no trabalho, evitar horas-extras e outras recomendações eram apenas luxos improváveis e impossíveis.

Porque seria importante entender esse processo de sobrevivência à crise?

Por que poderá ser útil em algum momento da sua carreira. Lembre-se de que a maioria do mundo está em crise neste exato momento. O Brasil é um oásis neste mercado e estamos vivendo um privilégio.

No passado, na década de 70, o Brasil optou por ignorar uma crise séria. Era a crise do petróleo que afetava muitos países e posteriormente gerou uma acomodação dolorosa. Quando o mundo já se reerguia da crise, a conta chegou para o Brasil e mergulhamos em mais duas décadas de crises.

O "Trem da Alegria" passou no meio de uma destas crises e deu oportunidade para um grupo de profissionais muito bons. Hoje percebo que mesmo nas crises, e talvez, por causa das crises, surgem oportunidades interessantes. Aproveitar a oportunidade e permanecer na posição até a crise passar pode ser trabalhoso, mas na sequência, novas e melhores oportunidades podem surgir para os que sobreviverem.

Crescí quando sobreviví a uma crise que provocou um prejuízo de quase 30% do faturamento no pior ano. Foram três anos de prejuízos, ameaças de aquisição hostil da empresa, seguidas reorganizações e cortes de pessoal.

Portanto, considere que uma crise pode ser a oportunidade que falta para você se sobresair do grupo e demonstrar um valor superior aos demais. Apenas esteja melhor preparado que os seus colegas para poder aproveitar a "oportunidade perigosa" e seguir em frente com menos concorrentes na parada.

Escrito por Yoshio Kawakami
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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Coaching Express: Acerte o alvo

Você já ouviu ou pegou se dizendo; “Um dia eu faço isso”, “um dia eu faço aquilo”? É muito comum ver as pessoas falando sobre as coisas que querem da vida, mas sem nenhuma pista ou plano para torna-las realidade.

Dizer; “um dia eu faço”, é o mesmo que dizer; dia 31 de fevereiro eu começo. Um dia não existe! Nós precisamos dar informações um pouco mais precisas se quisermos que nosso cérebro entenda o que estamos querendo dizer.

Já falei sobre isso a respeito de estabelecermos metas e objetivos para nossas vidas. A melhor maneira de errarmos nosso alvo é não termos ideia de onde ele está e principalmente quando tomaremos a decisão de lançarmos “nossas flechas” em sua direção.

repito precisamos ser o mais CLAROS e ESPECÍFICOS em relação àquilo que pensamos e dizemos.

O que você realmente quer fazer? Quando pretende ver isso pronto? Quando vai começar? Esse é o ponto. Muitas pessoas ficam estagnadas por não terem uma data de inicio e término de seus projetos, outras se sentem pressionadas e estressadas com prazos, mas o fato é que ter um prazo, é como ter uma linha de chegada, que cria em você o foco necessário para fazer as coisas acontecerem.

Já falei aqui no blog a respeito de algumas estratégias que utilizo em meu dia a dia para manter o foco e o senso de urgência em meus projetos, e estou sempre buscando novas maneiras de ser eficaz.

Então a dica é; coloque uma data e até hora pra tudo que fizer, você verá que seu foco vai aumentar e sua produtividade vai disparar.

Forte abraço e sucesso sempre.

Escrito por Fernando Oliveira
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Aprenda a agradecer por aquilo que ainda não tem.

É muito comum  ouvir reclamações e pessoas choramingando porque não têm aquilo que gostariam de ter. Outras ficam ressentidas, pois acreditam que o sucesso só está disponível para um número limitado de pessoas. Pessoas com esse tipo de crença,  foram “ensinadas” a pensar assim. Quando você reclamada daquilo que não tem,  está dizendo a si mesmo que alguém em algum lugar determinou quem deve ter o quê.

Tenha consciência de que você tem exatamente aquilo que já ofereceu ao mundo. Nem mais nem menos. Aprendi que se você quer mais da vida, precisa aprender oferecer mais. Se quiser ser valorizado precisa oferecer mais valor, se quiser mais dinheiro, aprenda a doar, se quiser ser mais feliz, ajude outros a serem felizes também.

Mas tem uma coisa que poucas pessoas fazem é agradecer. Não apenas agradecer pelo que tem, mas agradecer por aquilo que NÃO TEM. Você pode estar se perguntando; como eu posso agradecer por algo que ainda não tenho? A resposta é simples; AGRADEÇA!

Eu agradeço à todo momento. Não paro de agradecer por aquilo que já tenho e também por aquilo que está chegando, isso mesmo… chegando! Se não acreditarmos que vamos alcançar nossos objetivos, melhor nem começar. Certo?

Toda vez que agradece, você fortalece seu sistema de crenças, sua confiança de que está tudo bem, de que as coisas vão acontecer.

Ao reclamar daquilo que não tem, acaba atraindo para si mais do mesmo. dizer; “não tenho o carro que gostaria”, faz seu cérebro entender “NÃO ter o carro que gostaria”. Entendeu?

Outro dia,  vi na rua MEU novo carro (que ainda estou namorando),  e disse; obrigado por alguém ter criado esse maravilhoso carro que está chegando à minha vida. Isso é poderoso. Isso é motivador. (é claro que se você estiver fazendo alguma coisa pra isso).

Talvez você tenha muitas coisas pelas quais se lamentar e até reclamar, mas isso não vai fazer a situação mudar. Mas como diz a apresentadora Oprah Winfrey; “Seja agradecido por aquilo que que você já tem e conquistará mais. Concentre-se naquilo que você não tem, e nunca terá o suficiente”.

Um forte abraço e sucesso sempre!

Escrito por Fernando Oliveira
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Líder – Atitudes de Sucesso

Tudo o que vem até você é atraído pela maneira como você pensa e pelas imagens que você guarda em sua mente. Esta é a diferença que faz com que 1% da população mundial ganhe cerca de 96% do dinheiro que é gerado no Planeta.

São coisas que os babilônios já sabiam assim como também Platão, Shakespeare, Newton, Beethoven, Einstein...

Todo esse comportamento da mente é transformado em atitudes diárias do ser humano que faz sucesso e notadamente no trabalho de liderança que é desenvolvido dentro das empresas.

Uma empresa começa quebrar cinco anos antes e a razão disso é centrada, em geral, nas atitudes da liderança. Existem dois tipos de atitudes que fazem um negócio quebrar.

A primeira são pessoas que não sabem delegar, que tem que se meter em tudo e se irritam até com a posição do cafezinho na sala... Opinam até em qual marca de sabonete se deve ou não comprar! Aliás, estes enfartam cedo.

Em segundo está o despreocupado por completo, aquele que faz de conta que é míope e “não enxerga” muitas coisas... Prefere não despedir para não queimar sua imagem, vai relevando os erros daqueles que sempre chegam atrasados ou dos que fazem interurbanos com o telefone da empresa...

Ou ainda fazem “vista grossa” para aqueles que ficam horas no facebook “tricotando” com amigos e visitando sites inúteis... A própria equipe começa a pensar que se nem o “chefe” se preocupa, muito menos eles devem se preocupar...

Na primeira situação o resultado é desastroso, causando um constante mal estar, um ambiente carregado. Na segunda, sentem o desleixo daquele que deveria ser o exemplo, sentem-se inseguros e não apostam no futuro da empresa, da marca e nem de suas carreiras por lá.

O líder de verdade aposta no negócio, nas tecnologias, mas acima de tudo, nas pessoas e sabe que elas devem fazer a diferença, focadas no negócio, comprometidas e não apenas envolvidas e que todos, sejam quais sejam os cargos, devem ter uma meta, um grande objetivo, tudo centrado nos ideais e propósitos do negócio.

Aprendi com minha mãe um velho ditado que diz que quem queimou a língua com sopa quente não se esquece de soprar a próxima vez.

Na empresa, nós podemos delegar, compartilhar, persuadir, determinar, conforme as equipes e o nível de tarefa exigido... Mas não faz mal a ninguém remapear sempre o terreno para ver como as coisas estão fluindo... E isso vale também para corrigir a rota das metas.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vergonha alheia

Sigo com interesse o programa The Voice Brasil na Rede Globo. Programas de calouros são criação do rádio, muito anteriores ao surgimento da televisão. Existe até uma história muito saborosa envolvendo Elza Soares e Ari Barroso em 1950. Elza, com 13 anos de idade e um filho doente que viria a morrer de fome, foi como caloura ao programa que Ari apresentava na Rádio Tupi. Elza, uma menina pobre, magrinha e mal vestida, ao entrar foi recebida com uma pergunta pelo apresentador:

- De que planeta você vem, minha filha?

- Do planeta fome.

O resto é história.

Qualquer brasileiro que ouviu rádio ou assistiu televisão nos últimos 80 anos sabe o que é um programa de calouros. A pessoa acha que tem algum talento e se apresenta para um grupo de “jurados” que premiará ou punirá a performance. Não sei como era antes, mas lembro de vários programas, especialmente do Chacrinha, um dos que mais abusava dos calouros, levando pessoas sem qualquer talento para serem ridicularizadas em público. Aquilo era divertido e no meio das baixarias sempre aparecia alguém que fazia o velho guerreiro perguntar:

- Vai para o trono ou não vai?

A alma daqueles programas era a vergonha alheia que sentíamos por gente que soltava a voz desafinada em público. E quanto mais feia, mal vestida e desengonçada a pessoa, mais sucesso fazia.

A vergonha alheia é causada pelos tais neurônios-espelho, que simulam em nosso cérebro as mesmas sensações de medo, prazer, alegria e vergonha que observamos em outras pessoas. E parece haver um prazer mórbido em ver alguém passar um constrangimento. Não é que gostemos de ver, é que a situação nos traz o prazer do alívio daquele “ainda bem que não foi comigo.”

Mas os marqueteiros da mídia há muito descobriram essa fascinação mórbida e tiram todo proveito para garantir audiência. Ou as vídeo-cassetadas do Faustão são o quê? O processo de seleção de programas como Ídolos? As bebedeiras e baixarias do Big Brother Brasil? Claro, a cada demonstração de constrangimento alheio a audiência sobe...

Muito bem. Mas o The Voice Brasil é diferente. O programa é focado no mérito e não tem um processo de seleção que mostra gente ruim. Os “calouros” são de altíssima qualidade, gente que canta excepcionalmente bem. O resultado é que não existe vergonha alheia, só admiração plena e a torcida pelos melhores entre os melhores. Raul Gil tem há anos algo parecido em seu programa, mas sem a plástica, sem a audiência, sem a produção e o enredo que a Globo apresenta.

Quando termino de assistir ao The Voice Brasil, fica a sensação boa de ter visto gente competente desempenhando seu melhor. Muito melhor que sentir vergonha alheia.

Não haverá uma lição aí?

Escrito por Luciano Pires
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Voo quase cego

Diversas vezes, nos últimos tempos, em debates e reuniões em diferentes instituições e empresas de todos os tipos e tamanhos, percebi que as circunstâncias nos setores da sociedade mudaram tanto, em tão pouco tempo, que estamos, todos nós, trabalhando em voo quase cego. Alguns, sem perceber.

Por mais que estejamos munidos de pesquisas, algumas bem afinadas, já não sabemos mais com quem estamos lidando e qual o comportamento esperado em cada segmento. Quem, agora, manda nas regras do jogo? O poder se fragmentou e mudou de poucas para muitas mãos: quem mandava não manda mais, quem acha que manda não manda nada e quem vai mandar ainda não assumiu o seu devido lugar. Não estou falando de políticos, mas das forças que regem o comportamento das massas.

Para comunicadores, é uma situação de extrema delicadeza: miramos no alvo e a vista embaça. Nada está bem claro. O recente exemplo das eleições municipais mostrou a nova classe média assustando os conservadores. A tempestade passou, mas o próximo pleito poderá ser um furacão de categoria mais forte.

Sabemos que, para falar com essa nova classe social, devemos direcionar o recado para as mulheres, pois são elas que decidem. Por outro lado, a presença do computador e suas redes sociais nas salas de milhares de residências, nas escolas e nas lan houses cria outra situação: a dos jovens conectados. Em tempo real, eles trocam ideias, preocupações e fazem perguntas impertinentes. Notícias se espalham em velocidade espantosa, eles fazem parte de um novo poder e até derrubam governos. Jovens empresários – entre 18 e no máximo 30 anos – se reúnem em comunidades de convivência na forma de HUBs ou Aldeias e trocam informações ao vivo e em forma virtual. Trabalham em mundos à parte, jamais sonhados pelos mais velhos.

Ao conversar com o diretor de uma ONG ambiental, perguntei: “Com quem estamos lidando neste momento? Dá para fazer o trabalho de vocês, daqui para a frente, sem saber exatamente o que os diferentes setores da sociedade pensam sobre ecologia? O que vocês fazem? Qual o sentimento da população em relação à sua causa?” Tudo mudou, e o que valia há 10 ou 20 anos não vale mais. Ao mesmo tempo em que profissões perdem significados e alguns empregos – outrora sólidos – deixam de existir, novas habilidades e ofícios são incorporados. Para algumas, não há nem sequer instrutores qualificados, pois nem eles sabem o que devem ensinar.

Viradas de rumo sempre aconteceram, mas agora elas se processam com mais rapidez e as informações mais importantes circulam difusas e disfarçadas, difíceis de ser percebidas. Navegamos em meio a um denso nevoeiro e com bússola descalibrada. Se o comunicador não souber decodificar essas informações, caminhará para o lado errado e não conseguirá realizar o seu trabalho.

As relações pais e filhos, patrões e empregados, empresas e clientes, governo e povo, jovens e velhos mudaram e não na forma das claras rupturas como no passado: a ascensão dos baby boomers (1946-1964), a rebeldia da juventude transviada (1950-1964), a invenção da pílula anticoncepcional (1960-1970) ou a queda do muro de Berlim e o fim da Guerra Fria (1970-1990). Desta vez as mudanças são amplas e globalizadas. A possibilidade de postar comentários em blogs e páginas de redes sociais permite o falar mal, o falar bem, questionar, debater e arregimentar causas.

Saber com quem estamos falando ficou difícil. É necessário conversar muito com aqueles que estudam a sério o comportamento das massas, analisar e reanalisar pesquisas e o que dizem as boas colunas e editoriais de opinião dos jornais, tevês e rádios. Participar de debates, assistir a palestras como as do TED e mergulhar de cabeça em bons livros. Se vai adiantar alguma coisa, não sei. Como diz o velho caboclo: “O mundo ‘tá dimudado’”.

Escrito por Eloi Zanetti
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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mudança e tolerância

As pessoas não resistem às mudanças, resistem a ser mudadas. É um mecanismo legítimo e natural de defesa. Insistimos em tentar impor mudanças, quando o que precisamos é cultivar mudanças. Porém, mudar e mudar para melhor são coisas diferentes.

O dinheiro, por exemplo, muda as pessoas com a mesma frequência com que muda de mãos. Mas, na verdade, ele não muda o homem: apenas o desmascara. Esta é uma das mais importantes constatações já realizadas, pois auxilia-nos a identificar quem nos cerca: se um amigo, um colega ou um adversário. Esta observação costuma dar-se tardiamente, quando danos foram causados, frustrações foram contabilizadas, amizades foram combalidas. Mas antes tarde, do que mais tarde. 

Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais. Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos. Nos dias em que fazemos, existimos de fato; nos outros, apenas duramos.

Segundo William James, a maior descoberta da humanidade é que qualquer pessoa pode mudar de vida, mudando de atitude. Talvez por isso a famosa “Prece da serenidade” seja tão dogmática: mudar as coisas que podem ser mudadas, aceitar as que não podem, e ter a sabedoria para reconhecer a diferença entre as duas.

Tolerância

Cada vida são muitos dias, dias após dias. Caminhamos pela vida cruzando com ladrões, fantasmas, gigantes, velhos e moços, mestres e aprendizes. Mas sempre encontrando a nós mesmos.  Na medida em que os anos passam tenho aprendido a me tornar um pouco pluma: ofereço menos resistência aos sacrifícios que a vida impõe e suporto melhor as dificuldades. Aprendi a descansar em lugares tranquilos e a deixar para trás as coisas que não preciso carregar, como ressentimentos, mágoas e decepções. Aprendi a valorizar não o olhar, mas a coisa olhada; não o pensar, mas o sentir. Aprendi que as pessoas, em regra, não estão contra mim, mas a favor delas. 

Por isso, deixei de nutrir expectativas de qualquer ordem a respeito das pessoas e me surpreender com atitudes insensatas. Seria desejável que todos agissem com bom senso, vendo as coisas como são e fazendo-as como deveriam ser feitas. Mas no mundo real, o bom senso é a única coisa bem distribuída: todos garantem possuir o suficiente...

Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer. Pouco aprendemos com nossa experiência; muito aprendemos refletindo sobre nossa experiência. Temos nossas fraquezas e necessidades, impostas ou autoimpostas. “Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”, disse François Rabelais.

Por tudo isso, é preciso tolerância. É preciso também flexibilidade. Mas é preciso policiar-se. Num mundo dinâmico, é plausível rever valores, adequar comportamentos, ajustar atitudes. Mantendo-se a integridade.

PS: O texto utiliza frases de Albert Camus, Descartes, James Joyce, Melody Arnett, Padre Antônio Vieira, Peter Senge, Robert Sinclair e Tristan Bernard.

Escrito por Tom Coelho
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Esta na sua hora?

No desenvolvimento da sua carreira, há um período de preparação para o seu crescimento, que pode ser longo ou curto, dependendo da natureza do negócio, cultura da empresa, ambiente do mercado e até mesmo sua performance individual.

Dentro de um grupo de profissionais da mesma faixa de idade, experiências profissionais similares e tempo de relação com a empresa semelhantes, é natural que ocorram comparações de posições, atribuições, visibilidade dentro da organização, exposição ao mercado e também salários.

Estas coisas podem gerar diferentes sensações em cada pessoa. Alguns poderiam sentir que "ficaram para trás", outros poderiam sentir-se superiores e mais competentes que os colegas. Mas sempre há uma auto-crítica envolvida nestas comparações, que deve ser ponderada para um projeto de longo prazo.

É mesmo verdade que você é menos competente por não ter assumido um cargo melhor no mesmo tempo que seus colegas? O fato de você ter uma remuneração inferior significa alguma coisa? Sou realmente melhor por ter avançado um pouco mais rápido no primeiro passo da carreira? O fato de ter assumido um cargo gerencial antes dos colegas assegura que terei uma carreira completa melhor?

Porque é esta questão importante? Para quem é importante?

A questão deve ser tratada e esclarecida principalmente para os profissionais jovens, que muitas vezes sentem-se torturados por não perceberem que além do seu desempenho, é o surgimento da oportunidade que determina o timing para cada um. Não há porque torturar-se com estas questões menores do desenvolvimento da sua carreira. Entenda que as mudanças organizacionais e as acomodações das pessoas às novas posições nem sempre podem ser realizadas de uma só vez. A sua oportunidade pode estar iminente e você não está percebendo?

A falta de clareza nesta questão e a falta de diálogo sobre o assunto faz com que muitas vezes a empresa perca um talento de maneira inesperada e desastrosa. Da mesma forma, pode provocar uma grande perda ao profissional, que reage a uma leitura equivocada da situação e toma decisões precipitadas.

Ambas partes podem perder muito, pois em alguns setores, a formação de um bom profissional leva muitos anos de investimentos. Este investimento pode ser uma grande perda para o profissional, que ao invés de se tornar um profissional valorizado e disputado no mercado, tem que reaprender o seu trabalho num novo setor de negócios, atrasando de fato o desenvolvimento da sua carreira.

O fato é que mesmo que você já esteja preparado para uma promoção, é necessário que aconteça a oportunidade na empresa. O difícil é ter uma auto-crítica realista e correta que permita enxergar a sua posição e o seu "readiness" ou "preparedness" para a oportunidade que poderá surgir a qualquer momento.

Não confunda uma simples questão de timing com um equívoco ou falha no desenvolvimento da sua carreira profissional!

Converse com as pessoas que te podem orientar, discuta o seu desenvolvimento, avalie-se e siga adquirindo as habilidades necessárias, e siga corrigindo as suas deficiências. Mas antes de tudo, acredite no seu "taco", tenha confiança no seu trabalho e construa a sua carreira passo a passo.

É importante ter seus próprios objetivos e suas próprias ambições. Mas tenha objetivos e ambições por realizações, pois ter apenas ambição pelo resultado é tentar um atalho que não funciona. É como tentar colher sem plantar. É como tentar ganhar numa loteria sem comprá-la.

Alguns fazem uma leitura equivocada e tomam uma nova direção. Pode vir a ser muito positiva ou um tanto desastrosa, mas muitas vezes a consequência mais simples é apenas um novo recomeçar que demanda um novo investimento de tempo...

Entenda que as coisas acontecem no dia certo. Você não saberá antes da hora e saber lidar com as incertezas e dúvidas, é parte do aprendizado. Como gestor, muitas decisões são tomadas sem ter todos os dados e com incertezas. Melhor ir se acostumando com estas variáveis...

E se tudo indicar que não haverá oportunidades e que a sua carreira está bloqueada? Ainda assim, avalie se há neste momento uma oportunidade melhor e se as consequências de uma drástica mudança permitem alcançar seus objetivos.

Escrito por Yoshio Kawakami
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Guerras e guerras

Desde pequeno acostumei-me com a guerra.

Primeiro foi uma guerra para sair do conforto do ventre de minha mãe, onde eu tinha alimento e segurança, num dia que chamaram de parto e depois deram o nome, talvez só para me tapear, de aniversário.

Depois veio uma guerra particular bem interessante que consistia em ficar em pé e aprender a andar.

Lá pelos quatro anos de idade fui apresentado a um verdadeiro arsenal de guerra, formado por bisnagas de plástico, confetes e serpentinas, durante uma festa que atendia pelo nome de Carnaval. Eram guerras bem animadas!

Anos depois, viriam as guerras que guardo com mais carinho na memória. A guerra de almofadas que começava na sala e terminava como guerra de travesseiros no quarto. Foi uma época de desenvolvimento de táticas de guerrilha. Eu me entrincheirava atrás do sofá e espalhava sapatos e chinelos-mina pela sala e corredores.

Trocar a TV, o videogame e as brincadeiras com os colegas pelas tarefas escolares eram uma guerra e tanto. O mesmo para arrumar o quarto, tomar banho e ir dormir cedo.

Então veio uma série de outras guerras. Guerra para ser aceito pelo time de basquete do clube, mesmo sendo baixinho. Guerra para tirar boas notas e se destacar na escola. Guerra para entender as transformações que os hormônios provocavam no corpo. Guerra para criar coragem e convidar aquela garotinha para sair...

Mais alguns anos e as guerras foram tomando conotação mais séria. Guerra para passar no vestibular. Guerra para obter o diploma. Guerra para conseguir um emprego e, estando nele, aprender a aceitar a hierarquia, os conchavos nos corredores, as conspirações no hall do café, as armadilhas no elevador. Guerras corporativas engendradas por coronéis sem patente, travadas por soldados muitas vezes lançados a campo sem treinamento e provisões. Guerra contra a concorrência, sem interesse na diplomacia. Guerra contra a ineficiência, sem previsão de armistício. Guerra pelo consumidor, por sua preferência e fidelidade.

E, nesta toada, guerra para encontrar uma alma gêmea. Guerra para seduzi-la a casar-se e, depois, a separar-se. Guerra pela custódia dos filhos. Guerra para montar uma empresa, pagar salários, pagar impostos – e, de repente, ter que fechar a empresa. Guerra contra os juros do cheque especial.

Lendo os jornais observo o desenrolar de outros tipos de guerra. Guerra pela demarcação geográfica, guerra pelo petróleo, guerra pela autoridade. E, talvez, a pior de todas: a guerra em nome de Deus, a que chamaram de guerra santa, apenas para envolver de corpo e alma milhões de inocentes, jovens ou maduros, mas que na verdade atende aos mesmos preceitos de terra, dinheiro e poder de todas as guerras convencionais.

Hoje, já adulto, dei-me por conta de como nossas guerras vão perdendo significado real na medida em que nossas pernas crescem. As guerras migram do prazer para a ignorância, da pureza para a intolerância. Bilhões gastos para matar mais gente, quando poderiam amenizar a dor e o sofrimento, a fome e a miséria, de milhões espalhados pelo mundo.  Muito dinheiro investido em produtos que não são desejados, em tecnologias que não serão usadas, em treinamentos que não proporcionam aprendizado, em confraternizações que não geram integração. Tudo porque as nações tratam as outras como países, isolando-se em torno de seus interesses. Tudo porque as empresas tratam seus colaboradores como móbiles, fertilizando o terreno para uma guerra civil ao não definirem seus valores, missão e ideais de forma compartilhada.

Olhamos para o lado e vemos a guerra para saber quem avançará primeiro o semáforo fechado, a guerra para determinar quem vencerá a licitação, a guerra contra o narcotráfico, a guerra pela sobrevivência. Nesta hora vemos que Darwin enganou-se, que a seleção não é natural porque a natureza quer, mas porque o homem assim o deseja.

Então, coloco-me diante de minha maior guerra pessoal: a de entender o porquê de as coisas serem assim. Compreender como fui me deixar convocar por este exército de insanos. E imaginar em qual ponto no espaço e em que momento no tempo desgarrei-me da criança que vivia e amava a guerra, como ela deveria ser.

Escrito por Tom Coelho
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