A cada dia, as oportunidades de exposição junto à imprensa aumentam
se você representa uma empresa ou alguma organização. Nem sempre é
possível fazer um "mídia training" em tempo e às vezes as coisas dão
erradas. Mas as oportunidades deve ser aproveitadas. Então, como lidar
com a situação?
Alguns poderiam simplesmente preferir não falar
nada, enquanto outros falariam qualquer coisa para aproveitar a
oportunidade de praticar o seu Marketing Pessoal. Entre estes extremos
deve estar a medida correta, que permita transmitir a sua mensagem e
representar adequadamente a sua organização junto ao público.
Mas o diabo é a vaidade! Quem nunca foi traído por uma pitada de vaidade na hora de falar com a imprensa?
No
mundo dos negócios, muitos já tentaram convencer o jornalista de que
"aquilo era em off", depois que perceberam que haviam excedidos nas
palavras. A vaidade é um risco que pode cobrar muito caro no dia
seguinte. Havia no passado (passado, por não saber se ainda é válida) a
"Maldição da Capa da Exame", que simbolizava a extrema consequência da
vaidade excessiva dos homens de negócios junto à imprensa.
Alguns
executivos deixaram as empresas que representavam após uma entrevista à
revista na qual haviam ilustrado a sua capa. "Bom para o ego, ruim para
a carreira", diria um sábio colega... Outros deram a entrevista e
depois tiveram que apresentar pedidos de desculpas públicas por terem
assumido "involuntariamente" uma posição além da sua autoridade e
responsabilidade.
Transitar no limiar do risco, produzindo o
máximo benefício pessoal e cumprindo com o seu papel junto à empresa tem
sido um jogo praticado por alguns executivos mais experientes e hábeis.
Muitos estabelecem sua credibilidade desta forma e criam um valor
pessoal importante como executivos de empresas. Mas como no exemplo
daquele CEO de uma companhia telefônica que tentou transformar em boa
notícia uma medida vazia, nem sempre essa credibilidade é bem
empregada.
O cuidado ao lidar com a imprensa deve ser redobrado
e a abordagem deve ser checada com outras pessoas. A nossa mente nos
trai quando estamos tentando maximizar a oportunidade, tanto para a
empresa quanto para o nosso benefício pessoal.
Não menospreze a
inteligência dos jornalistas, que estudam para encontrar "pérolas" entre
tudo que falamos e são capazes de identificar facilmente a intenção de
usá-los. Não conte sempre com a condescendência deles para relegar uma
declaração inconveniente feita no calor da entrevista, pois eles também
se cansam e não tem a obrigação de proteger o emprego do entrevistado.
Creio
que a regra básica é tratá-los com respeito e respeitar que façam o seu
trabalho profissionalmente. Podem ser seus amigos, mas antes de tudo
serão profissionais cumprindo com as suas obrigações. Não conte com eles
para servir às suas intenções sob risco de se arrepender amargamente no
"Day After"...
Uma das falhas que normalmente torna-se fatal é a
de vangloriar-se de ter consertado ou recuperado a situação da empresa.
Principalmente se o seu antecessor era o seu atual chefe ou seu
patrão! Uma sugestão para estas ocasiões é dizer que você teve sorte e
que a situação do mercado trouxe uma ajuda insperada. É infinitamente
melhor ser apenas um "sortudo" do que dizer que o seu chefe ou patrão
não havia sido competente. Assim a sua sorte continuará funcionando!
Dizem
que nada substitui uma boa preparação. Pergunte-se como a sua
declaração poderia ser interpretada e pergunte o mesmo às pessoas ao seu
redor. Você perceberá que podem haver outros pontos de vista
inesperados e perigosos.
Mas, mais importante de tudo, elimine
todos possíveis traços de vaidade que por acaso poderiam ter escapado. É
mais seguro e ajuda a estabelecer uma relação de confiança duradoura.
Meu pai costumava dizer que a maioria dos homens parece mais
inteligente quando está com a boca fechada...
Escrito por Yoshio Kawakami
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