terça-feira, 30 de abril de 2013

Contribuição ou pontualidade?

Numa recente conversa sobre como melhorar a performance de um grupo e alcançar a excelência, surgiu o tema da disciplina como um dos fundamentos necessários. O rigor com a pontualidade das pessoas foi o exemplo escolhido para se avaliar a importância da disciplina.

A postura tradicional dos líderes é de valorizar a disciplina e considerar que questões como pontualidade são de grande importância para as organizações. Em geral, considera-se que as regras estabelecidas são importantes e devem ser seguidas à risca para que a organização consiga alcançar o nível de excelência.

É mesmo verdade quando se busca alcançar níveis inéditos de performance? Sem questionar a utilidade destas regras, questiona-se se estas tem mesmo uma relação direta com a performance.

Aparentemente, as organizações ainda estão presas aos momentos iniciais da criação da estrutura organizacional, que se espelhou na estrutura militar para formatar um modelo de "comando-e-controle". Taylor e Ford estabeleceram este pensamento sob forma de um processo industrial. É verdade mesmo que Ford disse que se pudesse contrataria apenas os braços dos trabalhadores?

Nos dias de hoje, o trabalho vai muito além do capitalismo cognitivo, sendo que a maioria das atividades dos profissionais está na área do conhecimento e da interação. A contribuição está na capacidade de encontrar soluções para problemas complexos, com inovações e criatividade.

É claro que no ambiente fabril a situação é diferente...

Mas, voltando à situação dos profissionais do conhecimento, a questão é a crença antiga que compara o ambiente de trabalho com o ambiente dos soldados. É evidente que não se pode imaginar uma operação militar sem sincronização.

Mas, quanto valem alguns minutos de atraso de um profissional cuja contribuição está no trabalho intelectual? Aliás, a mesma contribuição não poderia ser dada remotamente? Porque empresas de setores mais recentes trabalham com horário flexível e iniciam a sua jornada às 9:00 ou 10:00 horas da manhã sem perder competitividade?

A verdade é que, se um chefe cobrar o atraso de um colaborador poderá perder o melhor da sua contribuição, obtendo apenas a sua presença física e corporal. É isso que você quer? Não se trata de não ter regras e disciplina, mas a inteligência é tê-las onde necessárias e onde estas forem parte da contribuição!

A provocação ao pensamento é para refletir se você não estaria cobrando detalhes inexpressivos de seus colaboradores, irritando-os. Não seria porque você não consegue dar uma contribuição efetiva para melhorar a performance do seu colaborador e facilitar a sua vida?

Não é o cumprimento às regras de disciplina que constrói uma condição de alta performance. O problema é fazer as pessoas acreditarem que cumprindo as regras elas estariam fazendo o que se espera e que estariam contribuindo! Ou você não conhece ninguém que diz que é um bom funcionário porque chega no horário e cumpre as normas da casa?

Não seria melhor focalizar-se em criar o ambiente mais propício para o trabalho intelectual e criativo? Não seria a capacidade de criar nos colaboradores a vontade de fazer o melhor, ser o melhor e dar o melhor de sí, o segredo da excelência?

Acho que ainda não funciona ordenar a alguém que pense melhor, que ame ou que seja feliz. Mas você pode contribuir para que tudo isso aconteça...

O importante é saber o que realmente importa para deixar de perturbar as pessoas com detalhes inexpressivos. Não é o que elas gostariam que acontecesse?

Escrito por Yoshio Kawakami
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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os Vencedores Jogam Limpo!

Os vencedores competem sim, com garra e lealdade, mas não ultrapassam a linha da deslealdade. Vencem com ética.

As regras que cumprimos ou que ignoramos são um indicativo de nosso caráter e este comanda o sistema de valores de nossa vida.

Uma vez que surge a desonestidade, a falta de confiança torna-se a marca registrada. Por mais difíceis que sejam, as negociações devem ser leais e honestas.

A concorrência é parte integral do espírito empreendedor, é justa, é do livre mercado. Trapacear é que não faz parte deste jogo, jogar por baixo.

Os vencedores verdadeiros nunca trapaceiam nem conspiram. Mas os trapaceiros nunca vencem e se vencerem em algum momento, é bom ir preparando umas almofadas para amenizar o tombo.

Abraham Lincoln disse que você pode enganar uma pessoa por muito tempo. Você pode enganar algumas pessoas por algum tempo, mas ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo.

A verdade normalmente não agrada, mas dificilmente ofende. Meia-verdade no meu vocabulário é mentira. Meio-amor? Será que alguém chega e diz: Eu meio amo você? E no trabalho, será que existe meia-meta? A verdade pode doer, mas é o único caminho do sucesso verdadeiro.

Ayrton Senna, o nosso herói brasileiro disse: “No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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sexta-feira, 26 de abril de 2013

No calor da emoção

No Brasil, após cada crime horrível sempre aparece uma autoridade rodeada de microfones para dizer: “Não podemos tomar decisões no calor da emoção.” É batata. Basta que a opinião pública emocionada comece a bradar por um endurecimento nas leis e lá vêm eles com a argumentação de sempre, o blá-blá-blá que atrasa as discussões e empurra com a barriga as mudanças. Até o próximo crime horroroso, quando a grita começa novamente.

Conforme o Mapa da Violência, desde 1997 a quantidade de homicídios no Brasil supera os 40 mil por ano, chegando ao pico de 51.434 em 2009. Mas números tão grandes não significam muita coisa, não é? Não dá pra dimensionar 50 mil homicídios por ano. Então vou ajudar a melhorar a perspectiva, olha só: são 4.166 mortos por mês, 960 por semana, 137 por dia, 6 por hora. Ou uma pessoa assassinada a cada 10 minutos. Deu pra entender?

Enquanto você está lendo este texto, alguém está sendo assassinado no Brasil.

Um país que carrega nas costas 50 mil assassinatos por ano, ou quase 30 a cada 100 mil habitantes, não tem muita moral para pregar regras. Deveria pedir falência social e humildemente aprender com os países onde se mata uma fração disso. Todos sabemos o que precisa ser feito, não há segredos. E se não sabemos, copiemos!

Maioridade penal por exemplo. No Brasil, Colômbia e Peru é de 18 anos. E nos outros países? Portugal, 16; Alemanha, 14; Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, 15; Espanha, 14; França, 13; Itália, 14; Polônia, 12; Inglaterra, 10; Escócia, 8; Bélgica, 16; Rússia, 14; Ucrânia, 10; Hungria 12-14; Suíça, 10. Canadá, 12; Estados Unidos, 6-12 (conforme o estado); México, 6-12 (idem); Argentina, 16-18. África do Sul, 10; Argélia, 13; Egito, 15; Etiópia, 15; Marrocos, 12; Quênia, 8; Sudão, 7; Tanzânia, 7; Uganda, 12. Irã, 9-15; Turquia, 11. Japão, 12; China, 14; Singapura, 7; Coréia do Sul. 12; Filipinas, 9; Índia, 7; Nepal, 10; Paquistão, 7; Tailândia, 7; Uzbequistão, 13; Vietnam, 14; Nova Zelândia, 10; Austrália, 10.

Mas no Brasil do blá-blá-blá, enquanto discutimos a filosofia da maioridade penal à procura de uma solução brasileira, mais um é morto. E outro. E mais um. E outro...

Chega de mudanças incrementais, cosméticas e marqueteiras na gestão da segurança pública brasileira. Chegou a hora de um choque de gestão, de competência. Um choque de coragem.

É claro que a solução não está numa ação tática isolada, como é o caso de baixar a maioridade penal. Isso por si só não resolverá o problema, mas é um começo de ação que, no mínimo, mostra que algo está sendo feito na busca por resultados diferentes.  É o somatório de pequenas ações táticas de curto, médio e longo prazos, alinhadas a uma estratégia, que mudará o cenário. Mas aqui no Brasil transformamos o que deveria ser uma discussão técnica num embate político-ideológico. Em blá-blá-blá.

Enquanto isso, morre mais um. E outro. E no final do ano serão 50 mil. Já nos conformamos com isso e nos contentamos em viver na esperança de que um dia isso vai mudar. Mas esperança nunca foi estratégia.

Algo precisa ser feito. Se não no calor da emoção, quando?

Escrito por Luciano Pires
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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Você acha seu chefe despreparado?

Queixa de uma jovem profissional, dedicada e reponsável: "- Entrego mais do que o solicitado, com alta qualidade, mas minha chefe questiona coisas como uma ida ao banheiro. Porque as empresas promovem pessoas despreparadas?".

Queixa de um jovem trainee: "- O chefe da outra área comete êrros e não assume. Joga a culpa nos trainees e estagiários! Porque promovem gente incapaz de assumir a responsabilidade dos seus atos?".

A pressa dos jovens em galgar posições mais rapidamente nas organizações pode estar gerando uma nova situação incômoda nas organizações. A pressa dos jovens, combinada com a situação de falta de profissionais em muitas áreas, está fazendo com que os chefes sejam cada vez mais jovens.

É claro que estes jovens chefes são os melhores preparados técnicamente para a função que exercem, dentro do que a empresa consegue atrair para os seus quadros. Devemos ainda considerar que êrros acontecem, como aconteciam antes.

Mas o que é importante na função de "chefe"? É mesmo "tocar" a rotina de atividades e gerar a produção esperada? Até aí, o "feitor" ou "capataz" de peões e escravos do passado estariam no mesmo nível. Dizem que a vida útil média dos escravos era de 8 anos apenas...

Chefes deveriam cultivar o hábito de entrar no escritório todas as manhãs e olhar a face de cada funcionário seu e tentar descobrir se alguém tem algum problema, se todos estão bem, se alguém traz um semblante preocupado. É para isso que existem chefes!

O papel de distribuidor de tarefas e atividades já perdeu quase todo seu valor. O chefe que não entender que o seu papel é de um facilitador da sua equipe e de cada funconário seu, estará fadado à extinção.

Chefes deveriam entender que alguns minutos de atraso custam menos do que o mau humor causado nos exemplos acima. Não tenho dúvidas de que estes jovens precisaram de algum tempo para se acalmarem e voltarem ao trabalho...

Ainda quando era solteiro, tive dificuldades em entender porque um funcionário precisava deixar o trabalho todas as vezes para acompanhar sua esposa nas consultas de rotina durante a gravidez. Nunca neguei nem manifestei insatisfação, mas confesso que não entendia totalmente. Claro, faltava-me a vivência da situação para entender o valor destes momentos!

Creio que os jovens chefes necessitam lembrar-se de que a sua função essencial é a gestão de pessoas. Quem não tem sensibilidade para entender as pessoas, não cumpre a sua função essencial e no longo prazo terão suas carreiras limitadas. Mesmo que sejam cobrados pelas suas metas, é a gestão de pessoas que confere a nobreza da sua posição. Ou seguem sendo meros "feitores" e "capatazes"?

Escrito por Yoshio Kawakami
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

O pior inimigo do aprendizado

As empresas sempre falam da necessidade de estarem abertas às mudanças rápidas e constantes. Porém a facilidade desta abertura depende de alguns fatores:  liderança eficaz, persuasão, visualizar os benefícios da mudança e também das pessoas.

Contudo nas organizações encontramos geralmente 3 tipos de pessoas:  as que sabem fazer, as que não sabem fazer mas querem aprender e o pior, as que pensam saber fazer e não sabem fazer.

Para o crescimento pessoal e profissional a pior atitude sem duvida é esta última:  as pessoas teimosas que pensam entender de um assunto e que por isso se prendem as suas ideias já arraigadas atacando quem chega com uma nova possível solução.

Esse tipo de pessoas arruma justificativas e desculpas para não ouvir e aceitar as opiniões de terceiros. E quando são vencidos em uma decisão adotam uma postura infantil de sabotar o projeto, jogar contra, não se envolver  ou no mínimo torcer para que não funcione.

Isto não significa que você deva abrir mão de suas convicções, mas sim que você deva ao menos repensar sobre elas. De vez em quando analisando a possibilidade de existirem respostas melhores que as suas.

A flexibilidade das organizações também depende em grande parte da flexibilidade das pessoas.  Pessoas flexíveis são pessoas que entendem que ceder não é sinal de fraqueza ou de falta de personalidade, ao contrário demonstra sabedoria, humildade e principalmente capacidade de colocar as decisões coletivas e o bem da empresa em primeiro lugar.

Mas afinal como saber no que eu devo mudar ou repensar a mudança?  Geralmente naquilo ou naquele ponto que várias pessoas diferentes insistiram em nos confrontar. Uma pessoa falando pode ser inveja, intriga ou algo pessoal, duas pode ser uma coincidência, mais de duas pessoas falando pode ser algo que realmente eu deva notar, mudar e melhorar.

Portanto, mais difícil que aprender é desaprender.   Se todos já concordam que se deve aprender sempre, também se torna necessário, neste mundo em intensas mudanças, desaprender sempre.

Pense nisso!
Escrito por Daniel Godri Junior
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terça-feira, 23 de abril de 2013

Ironia

Nos próximos dias seremos assolados por uma campanha publicitária do PT, comandada pelo conselheiro João Santana, sobre o financiamento público das campanhas políticas. O mote será algo como "dinheiro privado é dinheiro sujo". O raciossímio é o seguinte: quando os partidos recebem doações de empresas privadas ou indivíduos, fica muito fácil que gente má desvie o dinheiro para atender a interesses partidários ou pessoais, comprar favores, enriquecer, reforçar posições de poder e outras coisinhas mais. Se o dinheiro for público, a farra acaba. Essa campanha será assinada pelo PT.

O projeto do financiamento público de campanhas teve a mecânica publicada no site da Câmara dos Deputados em 2005, não por acaso o ano do estouro do escândalo do mensalão. De lá tirei este trecho:

“A reforma política prevê o financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente com dinheiro público. Doações de pessoas físicas e empresas são proibidas e sujeitas a punição. Em ano eleitoral, conforme a proposta, serão incluídos na Lei Orçamentária créditos adicionais para financiar campanhas eleitorais com valores equivalente ao número de eleitores do País. Os recursos serão multiplicados por R$ 7, tomando-se por referência o eleitorado existente em 31 de dezembro do ano anterior à elaboração da lei Orçamentária. Tomando como base um eleitorado de 115 milhões de pessoas, o valor destinado à campanha seria de R$ 805 milhões. O Tesouro Nacional depositará os recursos no Banco do Brasil, em conta especial à disposição do Tribunal Superior Eleitoral, até o dia 1º de maio do ano do pleito. Caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer a distribuição dos recursos aos diretórios nacionais dos partidos políticos, dentro de dez dias, contados da data do depósito, obedecendo os seguintes critérios:

- 1%, dividido igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no TSEl;

- 14%, divididos igualitariamente entre os partidos e federações com representação na Câmara dos Deputados;

- 85%, divididos entre os partidos e federações, proporcionalmente ao número de representantes que elegeram na última eleição geral para a Câmara dos Deputados”.

Vamos fazer um exercício matemático simplório, só pra saber de quanto dinheiro eles estão falando hoje? Em 2012 tivemos 140.646.446 eleitores. É claro que aqueles R$ 7 de 2005 serão corrigidos, chutando baixo, para R$ 9,5. Teremos R$ 9,5 x 140 milhões= R$ 1.340.000.000 (um bilhão e trezentos e quarenta milhões de reais) compondo o tal fundo partidário para financiar as campanhas em ano eleitoral. Os 85% dessa bolada, divididos proporcionalmente aos votos, serão assim distribuídos (em R$ milhões):

PT: 206; PMDB: 182; PSDB: 124; PP: 103; DEM: 100; PR: 94; PSB: 80; PDT: 61; PTB: 51; PSC: 40; PSdoB: 35; PV: 33; PPS: 28; PRB: 19; PMN e PTdoB: 9; PSOL: 7; PHS, PRTB e PRP: 5; PTC e PSL: 2,3.

Esses são os valores que sairão do nosso bolso para financiar as campanhas políticas dos partidos, que assim juram que não vão buscar uma graninha extra com empresas e pessoas generosas interessadas em ajudar sem querer nada em troca. Não farão mais caixa dois, não beneficiarão quem os ajudou quando estiverem no poder... E assim acaba a corrupção. Simples, né? Como é que ninguém pensou nisso antes?

Escrito por Luciano Pires
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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Qual é o plano para mim?

Para as empresas que querem atrair e reter profissionais talentosos, existem duas questões fundamentais para as quais se faz necessário ter respostas claras.

Uma delas é sobre o propósito que o trabalho oferecido pela empresa contém, capaz de convencer os jovens a investirem pelo menos uma fração das suas vidas (afinal o que é o tempo senão um pedaço da vida com incalculável valor?). Os jovens querem trabalhar por um propósito que dê significado às suas vidas. A simples troca de uma fração de suas vidas por uma remuneração já não é suficiente motivação para muitos jovens.

Estariam as empresas preparadas para este diálogo com os jovens no momento da sua contratação? Ou considerariam esta questão uma petulância por parte de quem ainda sequer provou o seu valor na empresa ou no mercado?

Ainda pior seria o fato de que talvez o representante da empresa não tenha suficiente preparo para discutir o tema, pois nem sempre identifica claramente um propósito com suficiente valor na atividade da empresa.

Torna-se fundamental que as pessoas entendam perfeitamente o valor da sua atividade para a sociedade. Você conseguiria explicar porque a presença e atividade da sua organização é importante para a sociedade? Quais são os benefícios?

Não se preocupe em tentar agradar a todos, mas é importante poder apresentar a perspectiva da empresa e identificar aqueles que percebem valor no propósito dela. É necessário que seja claro para atrair pelo menos aqueles que se identificam com o propósito apresentado.

A outra questão é a perspectiva profissional oferecida no momento da contratação. A obscura prática de não se comentar claramente sobre a possibilidade de desenvolvimento da carreira para os jovens gera desconfiança e insegurança.

Os jovens não estão mais dispostos a aceitar, sem discussão, que ao aceitar um emprego numa empresa não possam saber que etapas compõe o percurso hipotético ao topo da organização. Não se trata de assegurar ou prometer a evolução, mas de poder discutir abertamente com os jovens as perspectivas de desenvolvimento da sua carreira na empresa.

A relação entre os desafios, as expectativas, os resultados e as apreciações dificilmente serão integralmente compreendidas num primeiro momento. Palavras como esforço e sacrifício podem conter diferentes significados para cada pessoa, dependendo das suas referências e das suas experiências.

Obviamente, cada qual pensa no plano para sí, e não para todos ou para os outros.

Por isso a pergunta: "- Qual é o plano para mim?", faz todo sentido e focaliza a discussão no indivíduo e não na classe ou no grupo. O que os jovens buscam neste momento não é conhecer a probabilidade de ascensão, como no passado. Mas sim conhecer as etapas e os tempos, bem como os fatores que determinam o seu crescimento individual na organização.

A sua análise busca julgar se o investimento de um prazo longo incrementaria as suas possibilidades de crescimento, ou não. Um dos elementos principais da retenção é o valor da permanência para elevar a probabilidade individual de crescimento profissional.

Você percebe algo estranho? Talvez incoerente?

Claro, como pode alguém valorizar tanto o propósito da atividade da organização e ao mesmo tempo individualizar tanto o desenvolvimento da carreira? Assim é a nova geração, que antes de aceitar o emprego, quer saber se vale a pena investir um pedaço da sua vida na empresa.

Claro que ao mesmo tempo, esta geração quer aprender rapidamente, quer participar das decisões e quer empreender...

Você conseguiria convencê-la?

Escrito por Yoshio Kawakami
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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Líderes Preguiçosos

Liderança não é arte!

Liderança é uma questão de inteligência! Inteligência por sua vez é uma questão de fazer boas escolhas de acordo com o tempo que se dispõe.

Líderes, diretores, chefes, gestores, supervisores, não importa qual terminologia sua empresa utiliza. O que importa mesmo é saber se os líderes da sua organização fazem o que deve ser feito.

Estou cansado de líderes preguiçosos. Sim, escrevo líderes por que hoje em dia por mais que a postura da pessoa seja a de “chefe” ela faz questão de se autodenominar “líder”.

Tudo bem! Eu me rendo à terminologia e não discuto como você prefere ser chamado, mas não desisto e chamo a sua atenção para o que chamo de Líderes Preguiçosos.

Para ser líder é preciso querer. Mas muitos parecem que estão fazendo um grande favor ao assumir tal posição. E por isso continuam fazendo as mesmas coisas que faziam antes. Conheço inúmeros profissionais que carregam no cartão de visitas o nome e logo abaixo o cargo “Diretor ou Gerente Vendas”, mas que na verdade são vendedores de grandes contas. Tentam por que tentam fazer com que os outros vendedores sejam iguais a ele. Nas manias, no jeito, a usar o mesmo vocabulário. E assim preguiçosamente, até trazem resultados para a empresa, atendem bem seus clientes, mas não tem como prioridade treinar e formar novos vendedores. Fazer uso de ferramentas de gestão nem pensar! Seu negócio é fazer caixa! Pegar o touro à unha e resolver o tem de ser resolvido no ato. Longo prazo é algo tão distante e irreal que nem vale à pena pensar.

O líder preguiçoso passa o dia apagando incêndios. Não reconhece as causas dos problemas e assim vive o dilema constrangedor de perder grande parte do seu tempo resolvendo os efeitos que uma péssima gestão produz. Dá uma preguiça danada conhecer bem os pontos fortes e os a desenvolver de cada membro da equipe. Para que essa história de colocar a “pessoa certa, no lugar certo?”. Para o líder preguiçoso tudo é óbvio! É óbvio que a pessoa deve ser motivada, dinâmica, comunicativa e criativa. Afinal, ele é assim!

O líder preguiçoso detesta um método. Seu negócio é fazer tudo como sempre foi feito e se algo dá errado ele pode culpar tudo e a todos, menos a si mesmo. O líder preguiçoso em sua concepção nunca falha. Quem falha são os outros. O líder preguiçoso acha bobagem definir metas claras, técnicas de vendas ou integração entre as pessoas da empresa. O cliente só quer preço baixo, entrega rápida e que o deixem em paz. Outros setores caem em desgraça por não enxergar o mundo corporativo como ele entende.

Líderes preguiçosos têm o seu próprio conceito sobre ética, gestão ou educação continuada. Detesta aprender, adora ensinar. Afinal, não existe nada que ele não saiba ou pelo menos tenha uma mínima noção do que seja. Claro que só fala sobre o que lhe convêm, não gosta de mudanças e ao perceber o surgimento de novos líderes ele dará um jeitinho de lembrar a pessoa quem é que manda ali.

O mundo está cheio de líderes preguiçosos que ao invés de se preocupar com o todo, com o bem-estar dos colaboradores e do cliente, passa o seu tempo centralizando funções, reclamando da equipe e falando que quando quer algo bem feito ele mesmo tem de fazer.

Esse artigo ta muito deprimente. Tão deprimente quanto os resultados de longo prazo que o dito líder preguiçoso irá trazer para a sua empresa.

Caso na sua empresa tenha algum chefe, opa desculpe, líder assim, sinceramente deixe de ser preguiçoso e livre-se dele!

Escrito por Paulo Araújo
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terça-feira, 16 de abril de 2013

Bolha imobiliária estourando? Onde?

Desde 2008, quando surgiram os primeiros comentários de bolha imobiliária em vias de estourar no Brasil, tenho analisado evidências históricas e internacionais, refutando até aqui tais alegações e concluindo que, provavelmente, os preços continuariam a subir.

De acordo com a consultoria britânica Knight Frank, entre os 53 países com os maiores mercados imobiliários globais, o Brasil teve em 2012 a maior alta de preços de imóveis residenciais: 13,7% em média. Resolvi atualizar e expandir meus estudos.

Há um ano, usei o consumo anual per capita de cimento como estimativa do grau de aquecimento da atividade no setor imobiliário em momentos de estouro de bolhas em vários países. Hoje, pelas minhas contas, este indicador chegou a 361Kg no Brasil. No ritmo médio de crescimento dos últimos 10 anos, que foi de 5% a.a., em apenas dois anos atingiríamos o nível mais baixo de estouro de bolhas, que é de 400Kg, o que sugeriria cautela. Por outro lado, o nível máximo de consumo de cimento antes bolhas estourarem, em alguns casos passou de 1.600Kg anuais per capita. Para chegar a este patamar, o Brasil levaria mais 80 anos. Por este parâmetro, poderíamos estar entre 2 e 80 anos do estouro de uma bolha. Pouco se conclui.

O segundo indicador importante é o total de crédito imobiliário disponível. Crédito permite que mais gente compre imóveis, aumentando a procura por eles e elevando seus preços. No Brasil, apesar do crescimento dos últimos anos, ele ainda é de apenas 7% do PIB, muito distante dos 50% do PIB que costuma ser o mínimo quando bolhas imobiliárias estouram. Mesmo considerando-se uma expansão ao ritmo dos dois últimos anos, que foi de 1,4% do PIB ao ano, o mais rápido da nossa história, levaríamos mais de 30 anos para chegar a 50% do PIB. Sinal de tranquilidade.

Por fim, como anda a capacidade de pagamento dos brasileiros? Levando em conta preços dos imóveis em relação à renda no mundo, chama a atenção a grande dispersão entre as maiores cidades brasileiras, com algumas entre as mais caras e outras entre as mais baratas.

Das 50 cidades mais caras do planeta, 49 estão em países emergentes, incluindo quatro no Brasil: Brasília (10ª), Rio de Janeiro (25ª), Belo Horizonte (43ª) e Porto Alegre (45ª). Por outro lado, Salvador não está mais entre as 100 mais caras do mundo, Fortaleza é uma das únicas 10 cidades entre as 50 mais baratas do mundo que não estão nos EUA, e Campinas também está entre as 100 mais baratas. Entre os 385 maiores mercados imobiliários globais, a classificação média das 11 cidades brasileiras incluídas foi 124ª, sugerindo que o mercado brasileiro como um todo está um pouco mais caro do que a média, mas distante dos mais caros do planeta. Entre os mercados emergentes, o Brasil está mais barato do que a média.

Outro aspecto favorável é que um menor percentual da renda necessário para pagamento mensal de hipotecas sugere que no Brasil temos melhor capacidade de honrar dívidas.  Além disso, comparando o preço de compra de imóveis com o custo de alugá-lo, constata-se que no Brasil alugueis elevados estimulam compras mais do que no resto do mundo. Por fim, a desvalorização do real barateou os imóveis no Brasil para compradores estrangeiros.

Em resumo, ainda que algumas cidades sugiram mais cautela, para o país como um todo, continuam valendo as conclusões do ano passado. Altas modestas ou manutenção de preços são prováveis na maioria dos casos e o risco de estouro imediato de uma bolha imobiliária nacional ainda é baixo. Se você está na esperança dos preços despencarem para comprar, espere sentado. Segundo Platão, coragem é saber o que não temer.

Escrito por Ricardo Amorim
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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os Acomodados Se Pertencem!!

Os acomodados se pertencem... Simplesmente não fazem sucesso! Isso também vale para os desmotivados, mal-humorados, revoltados. Você quer uma receita para ser infeliz ou mesmo para não melhorar de vida em nada? Mesmo na área financeira? Então faça todas as coisas, sempre, do mesmo jeito. Os mesmos também se pertencem...

A maior constante em nossa vida chama-se: M U D A N Ç A S.

NO JOGO DA VIDA, sempre surpreendente e emocionante, tudo irá acontecer a todos, mais cedo ou mais tarde... Nem sempre é o mais forte que vence, nem o inteligente que enriquece. O Rei Salomão em toda sua sabedoria diz em Eclesiastes 9:11 "... nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos".

Lembre-se bem, as oportunidades são astutas, entram pela porta dos fundos, entram pelo quintal. A própria Escritura em várias passagens nos alerta para estarmos preparados. Quem sabe faz quem não sabe, que trate de aprender.

O problema das pessoas é que querem vitórias, mas não querem passar pelos problemas, pelos obstáculos. Você não pode ter só a parte de que gosta. Aprendi isso com minha mãe. Eu queria tanto a parte da calda, mais doce, e ela docemente me dizia que o pudim era o todo e não somente a calda.

A verdade é que se não houvesse oposição, nada para vencer, sabe o que seríamos? Sim, seríamos um bando de crianças mimadas.

FAZER SUCESSO DÓI, demora e dá trabalho. Mas vou te dizer uma coisa: Não fazer sucesso dói mais ainda, demora mais ainda e dá um trabalhão a vida inteira, quando você deixa de sonhar, quando você deixa de fazer planos, quando você desiste e fica à margem da vida. E vamos definir SUCESSO: Para uns é ganhar muito dinheiro ou mesmo fama, para outros é poder levantar da cama e caminhar até o jardim.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Antigos Problemas

Outro daqueles artigos antigos que precisa ser lido, relido e trilido:

“Quem assegurará que, daqui a cinqüenta anos, ou mesmo no segundo centenário de nossa independência (2022), a situação da educação popular brasileira não seja ainda parecida com a de hoje? Mas, se tal acontecer, esperemos, para lisonjear a nossa vaidade e recompensar o nosso esforço, que as nossas memórias e as nossas campanhas sejam lembradas... por outros sonhadores... (que) irão, como nós, agora, revolver a poeira dos arquivos, os livros, os folhetos, e os jornais...”.

Quem disse isso foi Antonio Carneiro Leão, educador, professor e escritor brasileiro, imortal da Academia Brasileira de Letras, preocupado com a melhoria do ensino no Brasil.

Recorri a esse texto após receber por e-mail o relato de uma professora de música de um colégio carioca de porte:

“Recebi de meu patrão a incumbência de dar aulas de Teatro e Artes Plásticas para a classe de alfabetização, além das de música. Diante de minha afirmação de que havia me formado em música, e não em teatro e artes plásticas, ouvi, por parte do diretor:´A gente confia em você!´, ´A gente sabe que você é capaz!´, ´É simples, faz uma colagenzinha ou dramatizaçãozinha com eles, nada demais´. Tentei negociar, mas não foi possível. Falei de minha formação, de minha falta de preparo para tal, mas parece que isso não importa muito. Não querem contratar outro, se há um que pode dar conta do serviço de três... Infelizmente, preciso do emprego, do dinheiro e sou obrigada a agir de forma um tanto desonesta com os profissionais das artes, com os próprios alunos e pais (que, sinceramente, não estão nem aí) e comigo mesma... De acordo com minhas possibilidades, estou correndo atrás de material que me dê uma base mínima e que me deixe um pouco menos insegura ao longo do ano. Fico imaginando até quando vou conseguir levar essa "mentira"... Já andei consultando amigos advogados que me disseram que a resposta a estes casos não costuma ser favorável, ou seja, dificilmente teríamos razão perante a lei. Fica difícil...”.

Pois é. O relato da professora mostra uma das faces do descaso com que a questão da educação é tratada no Brasil. Quando entrei no ginásio, no Instituto de Educação Ernesto Monte, no final dos anos 1960 em Bauru, fui da primeira turma que experimentou uma mudança importante. Era a introdução do conceito “pluricurricular”, uma tentativa de revolução na educação. Eu tinha aulas de marcenaria. Economia doméstica (numa cozinha!). Artes. Educação Sexual em salas de aula mistas! Uma loucura para aqueles anos de chumbo. Tão louca que acabou sucumbindo, entre outros problemas, ao viés ideológico que tomou conta do país em todos os setores. Ao longo do tempo e da discussão ideológica, aquela grade “pluricurricular” perdeu a força. Voltou um currículo tradicional, centrado nos conhecimentos técnicos e reforçado por uma sociedade cada vez mais competitiva, em que os temas “humanos” valem cada vez menos.

Depois de mais de 40 anos dessa visão torta, não é de se estranhar que os problemas brasileiros não sejam de matemática, história, geografia, física ou ciências. São das áreas humanas. São problemas éticos. Sociais. Comportamentais. São problemas que a matemática não resolve, a economia não entende e a ciência não explica. Problemas cujas raízes talvez tenham sido discutidas naquela aula babaca que você matou, lembra?

E repentinamente descobrimos que os alunos estão saindo das escolas formados pela metade, se tanto. Sem qualquer preparo para as “coisas da vida”, mas capazes de recitar o “pi” ao contrário...

Pois é. Sorte da professora de música do início deste texto. A visão curta dos dirigentes do tal colégio carioca a obrigou a estudar, a ampliar seus horizontes, a aprender sobre temas que ela desconhecia. Exatamente o que se devia proporcionar aos alunos.

Ah, a propósito. O texto de Antonio Carneiro Leão que abre este artigo foi escrito em 1923...

O Brasil não tem problemas novos.

Escrito por Luciano Pires
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Portas abertas

Diante do dinamismo do mercado de trabalho atual que estimula a mobilidade em todos os níveis hierárquicos, é muito provável que você passe pela experiência de trocar de emprego. Ao fazê-lo, é altamente recomendável adotar uma postura que mantenha abertas as portas da companhia da qual está se retirando.
Os motivos são muitos. Primeiro por uma questão de marketing pessoal, valorizando sua própria imagem como profissional dentro da empresa e perante o mercado. Segundo porque o mundo é pequeno e dá voltas, como se diz por aí. Empresas estão constantemente passando por fusões e incorporações e os executivos estão sempre migrando de uma corporação para outra. Assim, é grande a probabilidade de você voltar a atuar sob a tutela de um mesmo chefe ou conglomerado. E terceiro porque você pode não ser bem-sucedido no novo emprego e tentar o retorno ao antigo posto.

Compreendido isso, reflita sobre as sugestões a seguir num eventual processo de transição de emprego.

1. Seja transparente. Ao surgir uma nova oportunidade e após analisá-la, na medida em que as negociações avançarem de forma consistente, reúna-se com o empregador para informá-lo de sua decisão. Jogue aberto e não deixe para comunicar seus passos na última hora – a informação pode chegar por outras fontes e comprometer sua imagem e credibilidade. Lembre-se também de avisar sua equipe de sua saída, procurando tranquilizá-los.

2. Apresente seus motivos. Se a mudança estiver vinculada a uma grande oportunidade de crescimento pessoal, explique que deseja aproveitá-la, mesmo ciente dos riscos. Se o motivo for um melhor pacote de remuneração, comunique isso com clareza, mas esteja preparado para receber uma eventual contraproposta, podendo aceitá-la ou recusá-la, porém sem jamais entrar em um leilão com os empregadores atuais e potenciais sob o risco de ficar sem nenhum dos dois empregos. Agora, se a mudança deve-se a uma insatisfação com a estrutura da empresa ou com a liderança a que está submetido, prefira argumentar que há uma “incompatibilidade de ideias”, ou seja, use de eufemismos para cair fora com elegância.

3. Prepare a transição. Em verdade, o trabalho de preparar um sucessor é atribuição de todo bom profissional e deve ser iniciado logo ao ingressar na empresa. Afinal, você se torna insubstituível quando se torna substituível. Todavia, se conduziu seu cargo com mão de ferro, em estilo centralizador, deverá se desdobrar para selecionar em sua equipe a pessoa que julgar mais qualificada e instruí-la para assumir suas responsabilidades. É uma questão primordial e de respeito para com a companhia sair deixando-a em condições de prosseguir com sua rotina.

4. Elabore um manual. Faça um manual de procedimentos gerenciais contemplando aspectos tidos como fundamentais à luz de sua experiência diante da organização. Encare o documento, de algumas páginas, como um último relatório de suas atividades, procurando orientar seu substituto e aproveitando para registrar as conquistas auferidas durante sua gestão.

5. Dê assistência. A rigor, a legislação brasileira pede um aviso prévio de 30 dias. Se for possível, permaneça à frente dos negócios por este período ou, no mínimo, por 15 dias, a fim de contribuir com o processo de transição. Porém, se o início na outra empresa for imediato, coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas por telefone ou e-mail dentro do mesmo prazo em que cumpriria o aviso prévio. Evidentemente, esta colaboração deve ser feita sem interferir em sua nova atividade.

6. Negocie a rescisão. Suas verbas rescisórias são direitos adquiridos. Faça uma negociação justa, evitando cair na armadilha de empresas que procuram se esquivar de suas obrigações sob o pretexto de deixarem as portas abertas. Considere até mesmo nomear um procurador para representá-lo.

As dicas acima foram postuladas sob a ótica do profissional que pede seu desligamento da empresa. É óbvio que no caso de uma demissão sumária, inclusive aquelas com aviso prévio indenizado, o quadro é outro. Entretanto, mesmo nesta situação, vale o alerta de que demonstrar amargura ou reclamar não ajudará em nada. Sempre, sempre demonstre apreço por ter trabalhado na companhia, mesmo que tenha abominado a experiência. Inclusive esta deve ser sua conduta quando entrevistado por outra organização.

No caso de a transição em curso ser para uma empresa concorrente, é evidente que não haverá a possibilidade de cumprir aviso ou dar assistência nos moldes propostos. Nesta circunstância, a transparência ganha relevância suprema, estando associada à ética e ao profissionalismo no que tange ao respeito ao sigilo dos dados estratégicos da companhia demissionária.

Por fim, lembre-se de que seu antigo empregador será uma referência permanente em seu currículo, acompanhando-o por toda a vida. Cultive uma boa imagem. É um patrimônio que vale preservar.

Escrito por Tom Coelho
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terça-feira, 9 de abril de 2013

Pensamento estratégico na atualidade

Desviando de “Duendes” e “Fadas” sem Desviar do Destino

O Brasil é o país do futuro. Renato Russo já cantava esse verso nos “tempos de ouro” da Legião Urbana. Para os pessimistas, o Brasil não é o país do futuro. Nem o Brasil, nem lugar algum. Mas para os estrategistas é. No próprio conceito de estratégia há uma grande expectativa do futuro. Até porque os verdadeiros estrategistas constroem o futuro, com ou sem esperança de terceiros, com ou sem cenário otimista, com ou sem clima de confiança. Estratégia é construir o futuro, de um jeito singular. Mas o maior desafio da estratégia é não perder de vista o motivo que a fez nascer.

Anos atrás convivíamos com o problema da desinformação. As enciclopédias eram a esperança. Hoje vivemos o problema da imensurável densidade de informação. Atualmente, difícil é escolher informação e ter a habilidade de planejar e executar com simplicidade. As melhores estratégias são simples. Têm começo meio e fim. Têm ponto de partida e ponto de chegada. Têm plano B, mas sem perder de vista o objetivo do plano A. Se tiver que mudar de rota, a essência do que se espera é a mesma. Por exemplo, se uma empresa criou uma estratégia para atender um novo mercado e no transcurso do tempo percebe que não houve resposta desse público, muda-se o público, muda-se o canal, mas o que importa é não perder de vista a visão da empresa. Lembre-se que a visão é a expressão de um sonho. Não se mata um sonho porque as primeiras tentativas não deram certo. Isso é estratégia.

Em meio à densidade de informação atual, há outro grande perigo que são as “fadinhas e duendes”. São as ofertas que aparecem no seu caminho ou no caminho da sua empresa que são verdadeiros testes de posicionamento; guerra de preços induzida pelo mercado, ofertas de parcerias “sem pé nem cabeça”, gente prometendo “paraísos e ilhas desertas”, empregos “sem igual”, investimentos com “risco zero” e por aí vai. A história se repete. As “fadas sedutoras” renascem. Os duendes reaparecem. E as pessoas, centro gravitacional de qualquer negócio ou carreira se esquecem do velho ditado; “quando a esmola é muita, o santo desconfia” (deveria desconfiar). Não existe grande negócio que “cai do céu” e jamais existirá. Os “milagres” são diretamente proporcionais ao esforço de quem os fez.

Há sim, uma nova tendência no mercado que é uma oportunidade para empresas e profissionais; o crescimento dos nichos. Nichos são mercados mais específicos, com um perfil bem definido. Clientes represados esperando uma solução que faça o “job”, que dê a solução. Há quem diga que os nichos são mercados menores. A maioria sim, mas nem todos. Há nichos que praticamente são mercados de massa.  Lembre-se que todo mercado de massa, já foi um nicho. Um exemplo atual é o nicho dos adultos que necessitam aprender inglês, sem as delongas do método tradicional de ensino. Alguém enxergou esse nicho enorme. Chama-se Wise Up, escola de inglês que entrou num espaço de mercado inexplorado, que estava bem “na cara” de todo mundo. Pura visão. Visão do “job”, da tarefa que seus alvos precisavam realizar, mas não encontravam solução. Visão muito estratégica. Mérito dos criadores.

Em um mercado tão cheio de conflitos, barreiras e informação, às vezes se torna difícil manter a cabeça no lugar. Por isso alguns pontos são foco de observação para ter sucesso com a estratégia e manter o foco no que interessa:

.::. Seja qual for o seu objetivo, pessoal ou empresarial estude o cenário antes de planejar sua estratégia. Em outras palavras, saiba “em que terra está pisando”. Tome conhecimento dos detalhes.

.::. Construa um planejamento estratégico realista, objetivo e motivado por um sonho. Visões de futuro sem um propósito são frágeis e qualquer “fadinha ou duende” tira você do foco.

.::. Aprenda a pivotar (mudar de direção) sem se perder; o estrategista do século XXI mescla a habilidade de ter foco no longo prazo, com a perspicácia de mudar de rota sem perder de vista o alvo.

.::. Ouça os clientes; eles são os melhores consultores do mundo. Nas palavras de Steve Blank “saia do escritório, não há fatos dentro dele”. Se você não encontra seus clientes, ouça-os pela internet. Pergunte. Se o seu objetivo é pessoal, peça feedback.

.::. Cuidado com “uma grande oportunidade de negócio” ou com “oportunidades imperdíveis”. Ninguém, que tem um grande negócio em vista sai por aí espalhando num holofote. Desconfie de quem você não conhece. Confiança se constrói e dá trabalho. Negócios também.

Estratégia é criar um caminho seu. É buscar singularidade em detrimento da mera diferenciação. Diferenciar não passa de se parecer um pouco com o outro. O estrategista inova. Lembre-se de que é muito fácil perder o foco num tempo de hipercompetição e hiperinformação. Nada pode ser mais volátil do que a capacidade de construir a longo prazo. Lembre-se que duendes e fadas existem, geralmente no universo da alucinação. Siga em frente desviando dos caminhos da tentação barata. Como diz o ditado, “com a cabeça nas nuvens, mas os pés, no chão”.

Escrito por Daniel Bizon
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segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Que Seus Clientes Estão Comprando!

Uma das maiores verdades quando se estuda o mundo de negócios é que a percepção é mais importante que a realidade porque ela torna-se a nova realidade.

Uma das grandes empresas, conhecida em todo o mundo, a Swiss Army, fabricante do famoso “canivete suíço” que todo mundo conhece, certa vez fez uma pesquisa com seus clientes tradicionais e essa pesquisa consistia em reuniões com grupos de clientes.

Logo na fase de aquecimento com os primeiros grupos, o pessoal da empresa perguntava às pessoas que produtos eles sabiam que a empresa fabricava além do famoso “canivete suíço” e a quase unanimidade das pessoas afirmava que a empresa fabricava relógios.

Ocorre que a empresa nunca fabricara um relógio na vida. Em vez de contar a essas pessoas a verdade, isto é, que nunca fabricara um relógio em toda a sua existência, decidiu respeitar a manifestação dos clientes, transformando as suas percepções em realidade, ou seja, passou a fazer o que jamais fizera antes, relógios, porque seus clientes acreditavam que ela já fazia.

Logo no primeiro ano, as mesmas lojas que compravam o canivete suíço venderam 1,2 milhão de relógios garantindo ao fabricante um faturamento anual adicional de 64 milhões de dólares.

A conclusão é que o sucesso é ver o que todo mundo vê, mas enxergar de uma forma diferente. É destruir obstáculos mentais e construir uma nova realidade.

Sucesso é não criar tabus para você mesmo. É ouvir a opinião do seu cliente e se este disser que você faz o que não faz, é possível até que você pense que ele está delirando, mas ele pode estar construindo uma marca poderosa para o seu negócio, para a sua vida, dando o seu aval para novos produtos e serviços que você ou sua empresa jamais haviam imaginado fazer.

Assim como na vida, no mundo de negócios existem fatos, versões, impressões, palpites, conjecturas, hipóteses, mas, diferente até da própria vida, existe uma verdade única que se sobrepõe a todas as demais, ou seja, o produto que uma empresa vende é aquele que seus clientes dizem estar comprando, tudo o mais é fantasia.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Arta curtura

Lancei um podcast com o provocativo título de “Pancadão é cultura?”, no qual proponho discutir o que é que pode ser considerado “cultura”. Você encontra o programa aqui: www.podcastcafebrasil.com.br. Há quem divida as coisas entre alta cultura e baixa cultura. Isso me incomoda um pouco, pois essa classificação entre baixa e alta embute um julgamento de valor que é mel na sopa dos estimuladores da luta entre classes. Mesmo assim usarei essa classificação neste texto para facilitar a reflexão.

Para mim a diferença entre os vários graus da cultura está no conteúdo presente no objeto cultural e no esforço mental que ele exige para ser compreendido. “Alta” cultura é aquela que me leva para um degrau mais alto, traz conteúdo nutritivo, contribui para ampliar meu repertório e exige que eu faça esforço mental para compreender: “Mas o que será que o autor quis dizer? Será que ele é um idiota ou está sendo irônico? Não entendi uma frase, vou ter que ler de novo ou usar um dicionário...”

Sacou? “Alta” cultura é aquela que me deixa em estado de alerta intelectual, que exercita o meu cérebro, que me provoca, incomoda e dá satisfação intelectual.

Já “baixa” cultura é aquela que me deixa onde estou. Faz bater o pé, mexer a bunda, transpirar, sentir asco ou atração física, usar meus sentidos animais sem grandes preocupações intelectuais.

Qual das duas é a melhor?

Depende. Se eu estiver na Bahia, num daqueles resorts maravilhosos, na beira da piscina, com uma caipirinha nas mãos, vou curtir um axezinho rasteiro, sim senhor. Balançarei ao ritmo, apreciarei as coreografias das moças e tirarei o pé do chão. Ficarei feliz com a “baixa” cultura e sairei de lá provavelmente revigorado, endorfinado e... do tamanho que entrei. Mas se eu estiver no Auditório Ibirapuera assistindo a um show dos Mulheres Negras, também balançarei ao ritmo, mas ficarei atento para não perder as referências a outras músicas, escritores e situações, os lances de ironia, a interação entre os integrantes da banda. E a cada vez que eu perceber um detalhe, sentirei uma pequena vitória. E sairei de lá intelectualmente feliz, certamente maior do que entrei.

Sacou? Cultura tem a ver com o contexto no qual você escolhe estar. Es-co-lhe. Mas ao contrário do que acontece, quem curte a “baixa” cultura não deveria ser discriminado por quem curte a “alta” cultura. E vice-versa.

Mas se é assim, só questão de escolha, onde o bicho pega? É simples. Não vejo na “baixa” cultura estímulo para crescimento intelectual. A “baixa” cultura faz crescer a bunda, melhorar o gingado, ganhar umas minas e se divertir um bocado, o que é muuuuuito bom, mas é pouco. Quem escolhe apenas a “baixa” cultura, limita seu crescimento intelectual.

Já a “alta” cultura me obriga a fazer escolhas mais sofisticadas e a aproveitar oportunidades que não se encontram com a bunda. Porém, quem escolhe apenas a “alta” cultura provavelmente se transformará num chato de galochas.

Mas – tem sempre um mas... - aí vem o pulo do gato: é a “alta” cultura que me ajuda a escolher a “baixa” cultura que vou consumir, sacou? É a “alta” cultura que me permite escapar das armadilhas dos marqueteiros, dos truques dos trambiqueiros e dos golpes dos punguistas culturais e manipuladores de marionetes.

Não elimine, não discrimine. Priorize. Como dizem Julinho Marassi e Gutemberg na canção “Aos Meus Heróis”:

- Mexa o popozão, mas também a cabeça.

Escrito por Luciano Pires
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quando você não é visto

O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.
Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas – nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.

O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava em navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.

Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: “Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!”.

Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.

Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas “mais um”, com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?

Primeiro, conheça seu interlocutor. Identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.

Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.

Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.

Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido – o que não foi por acaso...

Escrito por Tom Coelho
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terça-feira, 2 de abril de 2013

Um dia de 48 horas!

Nos dias em que vivemos, mundo atribulado, encontramos pessoas no elevador, nos corredores e na vida reclamando que 24 horas não dá para fazer mais nada...

Precisaríamos no mínimo de 48 horas para estudar, ser promovido, abrir o negócio próprio, ganhar dinheiro, dar atenção à família, dar carinho para os animais, cuidar da saúde, viajar, fazer novos amigos, manter os atuais, assistir 130 canais de TV, ufa, etc...

Se você espera pouco da vida, fique em paz, você terá pouca coisa mesmo para fazer, viverá uma rotina controlada...

Se você quer aprender, crescer, buscar os seus sonhos, acredite! Você terá que fazer muito mais do que a maioria faz.

Isso significa que ás vezes vai faltar tempo. Então, vamos deixar de fazer algumas coisas e ponto. Afinal o dia tem 24 horas.

Urgência é aquilo que alguém não fez em tempo hábil e agora quer que você faça em tempo recorde. O importante é saber dar prioridade no seu tempo.

O grande problema é não se desafiar e ao mesmo tempo não ter equilíbrio. A meta é saber conciliar o mundo pessoal com o profissional.

Sair da zona de conforto é a meta... Seguir em frente é a vida, assumir novos desafios... Depois, olhar para trás e dizer: Cresci, avancei!

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Escrito por Gilclér Regina
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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Deseleições brasileiras

Enquanto escrevo, ouço pelo rádio que durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias em Brasília o pastor-deputado Marcos Feliciano mandou prender um manifestante que tumultuava o ambiente. O manifestante xingou o parlamentar de racista e, ao ser detido pelos seguranças, reagiu aos gritos: “Estou sendo preso porque sou gay!”.

Alguém tem que avisar o rapaz que ele foi preso por insultar outra pessoa de racista. Isso é crime. Mas não é esse o tema deste texto. Esse acontecimento é apenas mais um sintoma de um problema sério que acomete o cenário político brasileiro. Vemos uma reação, tão legítima na intenção quanto estúpida na forma, contra a presença do pastor-deputado na Comissão de Ética, mas ninguém reage à presença de dois mensaleiros julgados e condenados, José Genoino e João Paulo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça, a mãe de todas as comissões.

Nóis...qui invertemo as coisa.

Estamos pagando o preço por eleger para cargos públicos uma porção de vigaristas, enganadores, bandidos, incompetentes e ladrões. Digo “uma porção” porque, acredite, existe outra porção composta de gente de bem.

E vira e mexe encontro pessoas desiludidas, arrependidas de seus votos, dizendo-se enganadas. Dá uma sensação de impotência...

Então tive uma ideia. Procurei no Google e descobri que outras pessoas já tiveram, o que é muito bom! Quero propor aqui que sejam criadas as Deseleições Brasileiras. A cada 2 anos os eleitores teriam a oportunidade de votar para eliminar os políticos que julgarem indignos dos mandatos. Teremos assim a oportunidade de dar o troco, de mostrar a eles quem manda... Que tal? Desvotar?

Aí alguém dirá que isso representará mais feriados, mais mobilizações, um custo imenso. Claro que sim! Mas o custo das deseleições será muito menor que o prejuízo que esses bandidos causam para o país.

Teremos a oportunidade de nos arrepender e tomar uma ação imediata. Prometeu e não cumpriu? Está deseleito. Roubou, desviou, enganou? Deseleito. Não fez o que tinha que ser feito, não respeitou a lei, não se comportou de acordo com o mandato que ganhou de nós? Deseleito. Sem ter que esperar denúncias e investigações, sem ver a lerdeza da justiça e os truques dos advogados mantendo impunes os criminosos! Terminou a apuração, rua! Simples assim!

Já pensou? Deseleições Brasileiras, com urnas eletrônicas ou sem, horário político nas rádios e televisões, campanhas e o que mais eles quisessem, como uma espécie de direito prévio de defesa. Eu adoraria ver aquela turma apavorada, tentando mostrar que nosso voto valeu a pena.

Que delícia. Sem votos nulos, sem votos brancos, com baixíssima abstenção... Quem é que vai perder a chance de dar o troco?

Ah, como é bom sonhar...

Escrito por Luciano Pires
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